O Brasil tem atualmente tem cerca de 160,9 milhões de animais de estimação e deve alcançar um faturamento de R$ 76,3 bilhões em 2024 com produtos e serviços para este mercado, o que representa 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. É o que aponta os dados atuais da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) e do Instituto Pet Brasil.
O levantamento das entidades mostra que o segmento de pet food, que inclui alimentos industrializados para pets, faturou R$ 41,7 bilhões, representando 54,7% do total do setor. Este segmento é o maior dentro do mercado pet, seguido por venda de animais de estimação (11%), produtos veterinários (10,5%), serviços veterinários (9,9%), serviços gerais (8,5%) e pet care (5,8%).
Os dois segmentos com maior alta entre 2023 e 2024 foram os de produtos veterinários e de serviços veterinários, com 16,1% e 14,2%, respectivamente. Sinal de que as pessoas estão cada vez mais investindo no bem-estar e na saúde dos melhores amigos.
O aumento na demanda por serviços veterinários sublinha a importância da qualificação profissional na área. “Investir em educação contínua de qualidade é fundamental para garantir que os médicos-veterinários estejam bem preparados para enfrentar os desafios do setor”, afirma o médico-veterinário e diretor da Faculdade Qualittas, Francis Flosi. A Faculdade Qualittas celebrou 22 anos de história no último dia 22 de agosto.
Atualmente, o Brasil conta com 536 escolas de Medicina Veterinária autorizadas, das quais 22 oferecem cursos na modalidade de Ensino a Distância (EaD). Segundo Flosi, essa modalidade de ensino pode comprometer a qualidade da educação veterinária.
Para o especialista, a tendência de humanização dos animais de estimação, acelerada pela pandemia, reflete a crescente preocupação dos tutores com a qualidade de vida de seus pets. Flosi observa que “os tutores têm buscado nutrição de qualidade, atendimento de excelência e cuidados abrangentes”.
A crescente conectividade dos consumidores também impulsiona inovações tecnológicas no mercado pet. Flosi destaca que “tecnologias como hemogramas, exames bioquímicos e de imagem têm contribuído significativamente para diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes”.











