“Todo homem morre, mas nem todo homem vive!”, é com essa frase que inicio nosso artigo reflexivo de hoje, estimulando você e, antes de todos, a mim mesmo, a pensar sobre a vida que estamos vivendo embasados por princípios e valores que cultivamos ao longo do nosso cotidiano, em nosso meio social. Estava eu por esses dias a assistir um belíssimo clássico de Hollywood, o filme Coração Valente estrelado e dirigido por Mel Gibson.
O filme tem como base um evento histórico almejando a liberdade da Escócia para com a Inglaterra, e para que tal liberdade fosse conquistada era necessário doar-se, era necessário desapegar-se, necessário coragem, valentia, honra, adjetivos que valem muito para com o ideal de vida que se almeja (no caso do filme: a liberdade dos escoceses). Não estou aqui para dizer se o filme é fiel ao contexto histórico real, sei que foi ganhador de 5 estatuetas do Oscar, por aí já vemos que não é qualquer mídia…
Uma frase que me marcou muito quando assistia a tal filme, foi a do personagem William Wallace, estrelado por Gibson, este em dado momento prestes a ir para o campo de batalha com sua espada nas mãos é abordado em tom de alerta e choro pela princesa lhe dizendo para não lutar a favor da liberdade, pois seria arriscado iniciar o combate com um exército de escoceses extremamente inferiores ao exército dos ingleses, ela enfatiza que ele poderia morrer! Aí vem a resposta que me marcou e que resolvi, a partir dela, escrever esse artigo para com você que comigo lê minha querida leitora, meu caro leitor; Wallace responde: “Todo homem morre, mas nem todo homem vive!”.
Parece-me plausível e lógico que todos nós um dia iremos morrer, tendo ou não alguma crença metafísica além desse plano terreno, mais cedo ou mais tarde não estaremos mais aqui, mas o que estamos fazendo enquanto aqui estamos? Como estamos aproveitando a vida? Quais os valores que norteiam nossos sonhos e as condutas para tais conquistas?
Estamos em pleno século XXI e ainda sim buscamos mais e mais liberdade, além de outros valores, você se considera uma pessoa livre? Livre e soberano em relação aos medos e anseios que lhe acometem tirando seu sono e lhe fazendo suar frio? Como desfruta sua liberdade? Na companhia de quem? Seria desfrutando dos momentos sem apego a bens matérias ao lado de pessoas que ama como já expuseram os Hedonistas, filósofos gregos?! Estaria você desfrutando da sua liberdade rompendo com códigos de ética, de boa convivência social, passando os outros para trás, mentindo, enganando, focado em prazeres carnais de modo pragmático como expressou o filósofo italiano Maquiavel?
Como você definiria o ideal platônico de vida boa? O que, como, onde, quando, por que, para quem… Palavras que talvez nos ajudem a levantar com maior propriedade a indagação almejando uma resposta madura, porém oscilante dada a nossa realidade líquida como expressou o sociólogo polonês Bauman…
“Todo homem morre, mas nem todo homem vive!”, se você partisse hoje desse plano, como avaliaria sua vida aqui? Qual o legado que deixaria? Como seria lembrado? Vale a pena se jogar de cabeça no aqui e agora, ou melhor, seria deixar para depois? É possível encontrar um equilíbrio? Se sim, onde ele estaria?
Esse artigo tem cunho filosófico, reflexivo, justamente da área que leciono, ele não vem lhe dar respostas prontas, certas, muito pelo contrário, venho através dele lhe estimular a pensar em possíveis ajustes em seu modo de viver e de ver a vida, para o seu bem, das pessoas que você ama e para com o meio em que vive.
Qual a mensagem que Mel Gibson como diretor do filme almejou passar para quem assistia ao filme? O que tal frase lhe faz pensar? Como você a interpreta? Um grande abraço.
Thiago Pontes é Filósofo e Neurolinguísta (PNL) – Instagram @institutopontes_oficial











