No mês em que é celebrado o Dia Mundial do Coração (29/09), o Cardiômetro (indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no país, criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia) contabiliza mais de 1,1 mil mortes por dia por essa causa. As doenças do coração estão no topo do ranking e isso não pode ser tratado como algo corriqueiro, de acordo com o cardiologista Silvio Gioppato, do HC da Unicamp.
“Mesmo no período da pandemia, as doenças relacionadas ao coração continuaram matando com a mesma intensidade e, com o fim dela, ainda observamos as complicações cardiovasculares da covid longa e da perda do seguimento médico decorrente das necessárias medidas de isolamento e distanciamento social na época”, lembra.
Um dado muito preocupante trazido pelo Cardiômetro é que do início de 2024 até a última segunda-feira (23), mais de 294 mil mortes aconteceram devido às complicações cardiovasculares. “De 1 a 23 de setembro de 2024, já somam 25 mil mortes, ou seja, 1,1 mil por dia, 46 por hora, 1 a cada 1,5 minutos (90 segundos). Isso é alarmante do ponto de vista de saúde pública”, reforça Gioppato.

O Dia Mundial do Coração surgiu para alertar a população sobre os riscos e, principalmente, sobre a importância da prevenção das doenças cardiovasculares que atualmente respondem por 30% de todas as mortes no mundo.
“Dessas, duas se destacam: o infarto e o AVC (acidente vascular cerebral), responsáveis por mais mortes e incapacitação no mundo, respectivamente”, completa o cardiologista.
Cerca de 60% das mortes por infarto são de pessoas que não chegam a receber assistência médica, vindo a óbito na rua ou em casa. “A maioria dos casos por negligenciar os sintomas, por isso a importância da prevenção e da valorização para os cuidados com essas doenças”, finaliza o médico.
Sinais de infarto
Os mais comuns são: dor no peito, em aperto ou queimação, predominando do lado esquerdo e irradiando para o ombro ou braço esquerdo. Habitualmente acompanhada de náuseas, vômitos e suor frio que predomina na parte superior do corpo.
Nos idosos, mulheres e diabéticos os sintomas podem estar “ausentes” ou se apresentar de forma atípica como mal-estar súbito, indisposição ou dor na boca do estômago que irradia para o pescoço e mandíbula. Porém, os mesmos sinais de alerta, náuseas, vômitos e suor frio, invariavelmente estarão presentes.











