Cansaço, ansiedade, irritabilidade, insônia, apatia e ganho de peso. Esses são alguns dos sintomas enfrentados pelas mulheres no climatério, período que antecede a menopausa. É como se de repente a rotina de vida fosse alterada por oscilações inexplicáveis, a começar pelas ondas de calor, os temidos fogachos, que anunciam que muita coisa está prestes a mudar.
De fato, tudo muda! As mulheres enfrentam uma nova etapa da vida tão desafiadora quanto a puberdade, quando o corpo anuncia estar apto para a reprodução. Neste caso, os sintomas anunciam o inverso: o fim do período reprodutivo da mulher e a necessidade da construção de novos hábitos.
A menopausa é marcada pelo fim da menstruação, mas, antes disso, a queda na produção dos hormônios anuncia a chegada desta fase tão temida pela maioria das mulheres, em função das mudanças que provoca no físico e no psicológico. A última menstruação pode ocorrer entre os 48 e 52 anos.
Não há uma regra, varia de pessoa para pessoa. No entanto, com o avanço da medicina e a mudança de hábitos sociais, as mulheres nessa faixa etária ainda estão bastante ativas, o que para a ginecologista e obstetra Ana Carolina Massarotto é um choque ainda maior.
“A mulher de 48 anos, hoje, é extremamente jovem e independente. Quando ela experimenta os sintomas do climatério, é como se o mundo estivesse desabando e não é para menos! A mulher ativa começa a se esquecer de coisas simples, tem ondas incontroláveis de calor, não dorme bem e sente que vai se distanciando daquela imagem que tinha de si própria. É muito complicado!”, pontua a médica, que vê na medicina do estilo de vida uma aliada para as mulheres neste período da vida.
A medicina do estilo de vida se baseia em quatro importantes pilares: alimentação saudável, rotina de exercícios físicos, sonos de qualidade e acompanhamento médico. Esse combo é recomendado em todas as fases da vida de uma pessoa e é o que garante a qualidade de vida.
Ana Carolina Massarotto explica que na menopausa, o estilo de vida da paciente conta muito. “Uma mulher que se alimenta bem e cuida do corpo fazendo exercício físico diariamente, certamente, vai dormir melhor, sorrir mais e estar mais equilibrada. Isso significa que o climatério tende a ser mais brando e o pós menopausa muito mais saudável”, explica a médica, que aos 41 anos investiga a possibilidade de uma menopausa precoce.

“Alguns sinais já apareceram e exigiram uma atenção diferenciada da minha parte. Como paciente, já estou sentindo o desafio de lidar com essa mudança e redobrando os cuidados com o meu corpo e com o meu psicológico”, reforça a ginecologista. A médica também alerta para a importância do acompanhamento especializado, que possa garantir à mulher o acesso a terapias hormonais personalizadas.
“A reposição hormonal é uma aliada da mulher, que precisa ser bem orientada para que possa ou não optar por ela”, defende a médica.
O acolhimento às mulheres nesta fase da vida é fundamental para que elas possam enfrentar os sintomas com uma certa leveza, explica a ginecologista Isabela Simionatto.
“A mulher precisa ser ouvida e compreendida. A alteração dos hormônios provoca tristeza, vazio, ansiedade, derruba autoestima e a libido. A mulher precisa estar cercada de uma equipe que a ajude a superar essas questões. O acolhimento em casa também é muito importante”, reforça Isabella, que traz a realidade do consultório para a discussão.
“A mulher na menopausa tem sintomas que ela considera vexatórios e, por isso, não compartilha com ninguém e, consequentemente, não recebe ajuda”, alerta a médica.
Sintomas comuns na menopausa são a atrofia vaginal, o envelhecimento do órgão e a incontinência urinária, interferindo diretamente na relação sexual da mulher, ao impedir a lubrificação e, consequentemente, provocar dor durante a relação.
Esses sintomas podem ser amenizados com tecnologias específicas como o Laser Fotona, que estimula o colágeno, garantindo a lubrificação da vagina e o rejuvenescimento do órgão.
“Por isso é tão importante acolher a mulher na menopausa, ouvi-la e orientá-la sobre as possibilidades existentes. A expectativa é de que todas nós passemos pela menopausa, então, que seja com qualidade de vida”, conclui a médica.











