Campinas registrou um aumento expressivo nas ocorrências relacionadas às chuvas durante a Operação Verão 2024/2025, que começou em dezembro de 2024 e termina nesta terça-feira (15). De acordo com dados da Defesa Civil, foram 1.916 atendimentos no período, número que supera em quase 50% os 1.287 registrados na temporada anterior.
Entre os incidentes, destaca-se o número de quedas de árvores: foram 255 registros, quase quatro vezes mais do que os 69 anotados na operação passada. A quantidade de quedas de galhos também subiu, passando de 61 para 89. Os alagamentos em imóveis e vias públicas saltaram de 62 para 108.
Dois pontos críticos foram os alagamentos registrados no Beco do Mokarzel, em Sousas, e no bairro Piracambaia, em Barão Geraldo, onde 51 famílias foram afetadas.
Apesar dos transtornos, não houve mortes durante a operação deste ano — os dois óbitos relacionados às chuvas em 2024 aconteceram em outubro, fora do período monitorado pela operação.
“A região metropolitana de Campinas foi a mais afetada no Estado de São Paulo durante a Operação Verão, mas aqui conseguimos atuar de forma sincronizada entre os órgãos municipais”, afirmou Sidnei Furtado, coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, durante a última reunião da Operação Chuvas de Verão que ocorreu na sexta-feira (11).
Além do aumento no número de ocorrências, a operação também foi marcada por ações de conscientização da população sobre autoproteção, como evitar áreas alagadas e combater focos de dengue.
Agora, os esforços da Defesa Civil se voltam para a Operação Estiagem, que começa em maio. “Já estamos incorporando orientações sobre incêndios nos treinamentos, com apoio do Corpo de Bombeiros”, completou Furtado.
Para a próxima temporada de chuvas, a cidade deve contar com um sistema de monitoramento meteorológico ainda mais eficiente, com a entrada em operação do novo radar metropolitano e de mais estações meteorológicas. A expectativa é de alertas mais precisos e maior capacidade de resposta.











