O consumo das Classes C e D no Brasil cresceu 8% em maio. Os dados são da Pesquisa de Hábitos de Consumo realizada pela Superdigital, fintech do banco Santander, realizada mensalmente com objetivo de traçar o perfil dos consumidores nesta faixa de renda. O resultado aponta uma boa recuperação, uma vez que em fevereiro, março e abril, a pesquisa apresentou quedas sequenciais. No Estado de São Paulo houve um crescimento do consumo em 4%, com destaque nos setores Lojas de Roupas (15%), Companhias Aéreas (14%), Restaurante (12%) e Combustível (10%).
Houve queda dos gastos em Diversão e Entretenimento (-26%), Serviços (-5%) e Prestadores de Serviços (-2%).
Todas as regiões do Brasil apresentaram melhora, mas o crescimento mais robusto foi no Norte (14%) e no Sudeste (10%). Sul, Centro-Oeste e Nordeste tiveram alta de 9%, 5% e 2%, respectivamente. Os setores que mais alavancaram os números foram Lojas de Roupas (12%), Transportes (10%), Restaurante (10%), Combustível (8%) e Hotéis e Motéis (8%). Os gastos que mais tiveram queda foram com Diversão e Entretenimento (-19%), principalmente, jogos on-line.
Em maio foi possível fazer uma análise sobre o comportamento de consumo pois as pessoas passaram a fazer mais compras em estabelecimentos comerciais físicos e menos no e-commerce, fato relacionado à reabertura gradual do comércio e maior mobilidade.
Em abril o consumo on-line representou 25% do total das compras e passou para 22% em maio. Já o consumo em lojas físicas passou de uma representatividade de 75% em abril para 78% em maio, com aumento nas categorias Diversão e Entretenimento (81%), Serviços (12%), Lojas de Roupas (9%) e Restaurante (7%).

Para Luciana Godoy, CEO da Superdigital no Brasil, “depois do fechamento do comércio que houve no início do ano, as pessoas voltaram a ir a restaurantes e lojas. Percebemos uma mudança até no consumo de entretenimento, já que nos meses anteriores identificamos crescimento de gastos com jogos online. Agora, o consumo está sendo em parques de diversão, academias, entre outros serviços presenciais”.
Esta avaliação fica ainda mais evidenciada observando os valores médios gastos em maio com cada modalidade. Os que mais cresceram foram em Companhias Aéreas (7%), Hotéis e Motéis (5%) e Restaurante (4%).
“As pessoas estão gastando com itens que dependiam de maior circulação. Conforme o avanço da vacinação, elas se sentem mais confiantes para viajar, ir a um restaurante ou espaço público”, afirma a executiva.