A tradicional Festa do Boi Falô reuniu cerca de 2 mil pessoas nesta sexta-feira, 18 de abril, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas. O evento, que celebra uma das lendas mais conhecidas da região, aconteceu na Rua Manoel Antunes Novo, na Praça do Coco, e ofereceu uma programação cultural diversificada, com apresentações musicais, oficinas e a famosa macarronada de queijo com mil pratos servidos de graça à população.
A celebração contou com a presença do prefeito de Campinas, Dário Saadi, da secretária municipal de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli, do diretor de Turismo, Eros Vizel e do diretor de Cultura, Gabriel Rapassi. O evento integra o calendário cultural da cidade de Campinas e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Origem
Criada em 1988, a Festa do Boi Falô marca o centenário da Abolição da Escravatura no Brasil. É inspirada em uma lenda popular passada de geração em geração. Segundo a versão mais conhecida, um escravizado chamado Toninho teria ouvido um boi falar em plena Sexta-feira Santa, dizendo que aquele não era dia de trabalhar.
O episódio causou comoção e é lembrado como símbolo de fé, resistência e ancestralidade.
Para o historiador Warney Smith Silva, além de preservar a cultura oral e a religiosidade popular, a festa é também um convite à reflexão sobre as raízes afro-brasileiras e a importância da memória coletiva. “Acreditamos que a festa, o boi, a lenda, enfim, somos todos parte de um território livre, coletivo e festeiro. Em tempos digitais e de uma sociedade acelerada, vamos manter e preservar uma lenda que nos lembra que hoje não é dia de trabalhar”, destacou.











