Os associados do Guarani decidirão pela aprovação ou não do novo estatuto social do clube nesta quarta-feira (14), quando acontece assembleia extraordinária dos sócios, a partir das 19h, no Brinco de Ouro. O documento passa por reformas consideradas essenciais para a transformação do Bugre em clube-empresa, uma meta do Conselho de Administração (CA) que ganhou contornos mais sólidos desde quando Rômulo Amaro substituiu André Marconatto na presidência em outubro de 2024 – o ex-mandatário foi afastado na época por problemas de saúde.
A reforma do estatuto já passou pela análise do Conselho Deliberativo (CD) e agora é alvo de estudo dos associados. A apresentação das mudanças ocorreu na assembleia extraordinária do último 12 de março. Assim, os sócios tiveram dois meses para uma avaliação dos pontos alterados, que nesta quarta serão discutidos e votados.
“Se todos os pontos forem aprovados, o estatuto é imediatamente definido. Aí, ele passa pelas adaptações que forem votadas, é registrado e passa a vigorar”, diz o presidente do CD, Marcelo Dias.
No entanto, Dias acredita que a aprovação dificilmente acontecerá nesta quarta. “São diversos pontos. Muita gente disposta a falar sobre. Então, é difícil avaliar. Vamos tentar ser produtivos, mas é sempre complicado”, justificou. “Penso que o encerramento das discussões possa exigir mais tempo. Temos a alternativa de agendar nova reunião ou suspender a assembleia para seguir no dia imediato.”
A reforma do estatuto, encabeçada pelos CA e CD, está em processo desde o final do ano passado. A intenção da cúpula alviverde é criar condições para que o Guarani se transforme em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Segundo Amaro, a mudança representa a salvação do clube, que atravessa por sérias dificuldades financeiras.
Ao mesmo tempo em que alterações no estatuto são discutidas, a Ernst & Young, contratada pelo Guarani, faz análises prévias sobre o mercado. Segundo Amaro, a empresa de consultoria trabalha há 30 anos no segmento e já apresentou ao CA exemplos de sucesso e fracasso sobre SAFs no Brasil. A Ernst & Young também avalia empresas que, segundo Amaro, já mostram interesse em assumir o comando no Brinco.