A Ponte Preta desperdiçou mais uma oportunidade de somar pontos importantes na Série C do Campeonato Brasileiro. O empate sem gols com o ABC, no último sábado (14), no Moisés Lucarelli, marcou o terceiro jogo consecutivo sem vitória da Macaca como mandante — após as derrotas para o Brusque e o Ypiranga.
O tropeço custou caro: o Caxias, que era o segundo colocado, venceu o Botafogo-PB fora de casa por 2×1 e assumiu a liderança da competição. Com isso, a Ponte caiu para a segunda colocação, com 17 pontos.
Apesar de ainda estar na zona de classificação, o resultado acende o sinal de alerta. A equipe tem apenas cinco pontos a mais que o Floresta, primeiro time fora do G8. Restam dez rodadas para o fim da primeira fase.
O que levou ao empate?
Diferente das últimas rodadas, em que jogou com um atleta a menos em quatro das últimas cinco partidas, a Ponte conseguiu manter os 11 jogadores em campo desta vez. As expulsões, como as de Dudu contra Brusque e Ypiranga, haviam comprometido o desempenho e a estratégia da equipe. Mas, segundo o técnico Alberto Valentim, o problema contra o ABC foi outro:
“Esse jogo a gente não começou bem. Fiz algumas alterações pelas suspensões e o time, infelizmente, não conseguiu transferir para o jogo a semana de treinamentos”, avaliou o treinador em entrevista coletiva.
Valentim também apontou que o time sentiu o peso de precisar vencer em casa após duas derrotas seguidas: “Nosso time estava nervoso. A gente já sabe que os times vêm aqui muito bem organizados defensivamente, dificultando nosso jogo. Faltou tranquilidade”, disse.
A ansiedade se refletiu em campo. A Ponte teve dificuldade nas transições ofensivas, criou pouco e finalizou menos ainda.
A melhor chance da Macaca veio com Jeh, ainda no primeiro tempo, quando o atacante acertou a trave em chute de fora da área. “Faltou paciência. Tivemos pressa para acelerar o jogo, o que comprometeu a construção. A gente não conseguiu fazer o que treinou”, explicou Valentim.
Desfalques e reforços
Além da pressão, a Ponte entrou em campo com quatro desfalques importantes: Wanderson (zagueiro), Artur e Danilo Barcelos (laterais) e Dudu (volante). Para o próximo compromisso, contra o Maringá, no dia 28 de junho, três deles devem estar à disposição. A exceção é Danilo Barcelos, que sofreu uma grave lesão no joelho e só deve voltar em 2026:
“Perdemos muito com o Danilo. Ele era um líder e muito versátil. Atuava em até três posições”, lamentou Valentim.
Com a ausência de laterais, o técnico escalou o recém-contratado Leocovick, que teve atuação discreta, mas segura defensivamente: “Gostei da estreia dele. Entendeu bem nossas ideias, mesmo com pouco tempo de treino. Vai nos ajudar muito na sequência”, elogiou o técnico.
Próximo desafio
A Ponte agora terá duas semanas livres até enfrentar o Maringá, fora de casa, em um confronto importante — o time paranaense é o sétimo colocado.
O período será fundamental para recuperar jogadores e ajustar a equipe, segundo Valentim: “você ganha sessões de treinos, conseguimos recuperar os jogadores. O Emerson hoje teve problema de gripe antes dos jogos, virou uma certa dúvida ali no começo”.
Jogando fora de casa, a Macaca tem se saído melhor: são três vitórias e um empate, ainda invicta. Um desempenho que Valentim espera repetir para manter a equipe no G8 e seguir firme na luta pelo acesso à Série B.











