O mundo está em constante transformação — e quem melhor para falar sobre isso do que os próprios jovens? Em tempos em que escutar é tão essencial quanto falar, o Retrato das Juventudes chega à sua quarta edição, firmando-se como uma ponte entre gerações. Criado em 2022 pelo Hora Campinas, em parceria com a Fundação Educar, o projeto tornou-se um espaço de fala, expressão e reflexão sobre os sonhos, desafios e perspectivas da juventude brasileira.
Neste novo ciclo de 2025, o protagonismo é das jovens Maria Eduarda da Silva Lima, a Duda, de 15 anos, e Luciana Agatha Melo Guimarães, de 14. Ambas moram em Campinas e são monitoras da Academia Educar. Elas assumem a coluna trazendo olhares sensíveis, firmes e potentes — não apenas sobre o universo juvenil, mas também sobre questões sociais mais amplas que atravessam o nosso tempo. A condução dos encontros semanais é da jornalista Kátia Camargo, com edição de Jô Basso.
Para Cristiane Stefanelli, gestora da Fundação Educar, o projeto vai muito além da escrita.
“Como diz o nome Retrato das Juventudes, é também um convite para conhecermos diferentes juventudes. É uma iniciativa que permite aos jovens, com todas as suas diversidades e vivências únicas, expressarem sua visão de mundo de maneira profunda e autoral. Não se trata apenas de desenvolver competências de comunicação, mas de abrir um canal real de escuta e protagonismo”, afirma Cristiane.
Marcelo Pereira, editor-chefe do Hora Campinas, reforça a importância dessa pluralidade: “Vivemos rodeados por narrativas adultas, mas há um enorme valor em enxergar o mundo pelos olhos de quem está a poucos passos da vida adulta. Essa troca é transformadora para todos. O Retrato das Juventudes amplia vozes que muitas vezes não são ouvidas — e esse espaço é muito precioso para todos nós. Duda e Luciana, sejam muito bem-vindas.”
Um breve perfil das novas colunistas

Luciana Agatha Melo Guimarães – 14 anos
Nascida em Belém do Pará e atualmente moradora de Campinas, Luciana está no 9º ano e carrega nas palavras um mundo inteiro. Apaixonada por literatura clássica, romances e épicos, encontra nos livros e na escrita o espaço ideal para expressar suas ideias, emoções e sonhos. Mantém um diário como território livre de criatividade, onde tudo pode ser dito.
Nas horas vagas, além de ler e escrever, gosta de escutar música, pintar com aquarela e, sobretudo, customizar.
Seja um sapato, uma peça de roupa ou um caderno, tudo vira expressão artística em suas mãos. Sonha em cursar jornalismo, acreditando no poder transformador da palavra.
A frase que a inspira vem de George R.R. Martin:
“Um leitor vive mil vidas antes de morrer. O homem que nunca lê vive apenas uma.”

Maria Eduarda da Silva Lima (Duda) – 15 anos
Moradora de Campinas e estudante do 9º ano, Duda vive com intensidade tudo o que sente e faz. Tem quatro irmãos — dois meninos mais velhos, ela e a caçulinha. A paixão pelos livros levou-a a explorar diferentes tipos de romance e mundos mágicos, e foi na escrita que encontrou um refúgio para os sentimentos que não cabem no coração — colocando-os em palavras com sinceridade e poesia.
Nos seus momentos livres, está quase sempre com fones nos ouvidos, ouvindo de k-pop a MPB. Também gosta de conversar com os amigos, escrever poemas, torcer para o Corinthians e vibrar com a McLaren na Fórmula 1.
O sonho de estudar jornalismo no exterior é um de seus objetivos, embora pedagogia também esteja no radar.
A frase que a representa vem do seu filme favorito, Sociedade dos Poetas Mortos:
“Nós não lemos e escrevemos poesia porque é fofo. Nós lemos e escrevemos poesia porque somos parte da raça humana. E a raça humana está cheia de paixão.” – John Keating (Robin Williams)











