A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) está inaugurando um centro de pesquisa inédito no Brasil, que pretende levar a inteligência artificial para dispositivos móveis como telefones celulares e tablets.
Chamado de H.IAAC (Hub de Inteligência Artificial e Arquiteturas Cognitivas), o centro nasce com a tarefa de tornar esses aparelhos muito mais úteis do que são hoje, segundo a definição do professor Anderson Rocha, diretor do Instituto de Computação da Unicamp.
“Hoje falamos de smartphones, mas eles não são tão inteligentes assim”, afirma o professor.
O Centro foi iniciado ontem (7) e vai trabalhar com 15 professores especialistas em inteligência artificial e internet das coisas (IoT); 35 alunos de graduação, mestrado e doutorado dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia da Computação e de Engenharia Elétrica da universidade e mais, inicialmente, pelo menos cinco pesquisadores do instituto Eldorado, também especialistas na área.
Segundo Rocha, a possibilidade de desenvolvimento de novas soluções é ilimitada. Ele diz que pode-se desenvolver sistemas que façam a leitura de um e-mail como eventos, por exemplo, e transformem as informações contidas na mensagem, em dados visíveis no celular ou no tablet, sem que o usuário se veja obrigado a abrir e ler conteúdo do e-mail, criar e gerenciar tais eventos.
“Poderemos ter, por exemplo, um e-mail com informações sobre um voo. O programa vai ler, captar as informações relevantes e traduzir em forma de alertas ao usuário na forma como ele deseja”, diz o professor.
“Mas há inúmeras outras possibilidades como, por exemplo, a implantação de sistemas mais ágeis de economia de bateria; de transformação de dados hoje depositados em nuvem, a identificação de amigos que estão próximos de sua localização ou ainda a categorização de arquivos de fotos e outros documentos”, diz o professor.
Além de ser único no País a desenvolver esse tipo de pesquisa, o H. IAAC tem ainda uma característica peculiar.
Os programas desenvolvidos ali serão abertos e poderão ser utilizados por qualquer empresa interessada e não apenas por desenvolvedores ou eventuais colabores.
Nesta primeira fase, o Hub conta com investimentos da ordem de R$ 7 milhões – que serão custeados via Programas Prioritários do Governo Federal via Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O projeto pode ter até três anos de atuação, inicialmente.











