Escolas municipais e estaduais da Região Metropolitana de Campinas (RMC) foram alvo de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP).
A operação, que ocorreu na segunda-feira (29), inspecionou as condições de preparo e distribuição da alimentação oferecida aos estudantes em centenas de unidades.
A fiscalização ocorreu simultaneamente em 265 municípios do estado.
Na região, escolas de Campinas, Americana, Sumaré, Paulínia, Jaguariúna, Santa Bárbara d’Oeste e Cosmópolis, foram inspecionadas por auditores e nutricionistas do Conselho Regional de Nutrição.
No relatório geral divulgado pelo TCE, os números de irregularidades encontradas são expressivos, principalmente em escolas que não possuem certificado de potabilidade da água (são 78% de todas as escolas vitoriadas). Em seguida, há 31% de mais de 300 unidades, onde equipamentos como freezer e geladeiras estão quebrados.
Além das falhas estruturais — como infiltrações, descascamentos e falta de ventilação em áreas de preparo —, chamou a atenção dos auditores o armazenamento irregular de alimentos junto a produtos químicos e a ausência de fichas técnicas de preparo e testes de aceitabilidade da merenda em parte significativa das escolas.

Principais resultados:
• 77,8% das escolas não possuem certificado de potabilidade da água;
• 31% tinham equipamentos quebrados;
• 28% armazenavam alimentos de forma incorreta, em contato direto com piso e paredes;
• 34,6% não realizavam controle de temperatura adequado de alimentos refrigerados e congelados;
• 22% não tinham espaço apropriado para refeições;
• 29,2% não eram fiscalizadas regularmente pelos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE).
O Tribunal de Contas informou que os relatórios segmentados por municípios não estão consolidados, e portanto não detalhou os apontamentos em cada unidade escolar.












