Neste Dia das Crianças, 12 de outubro, o estado de São Paulo vive um contraste histórico: se em 1960 as crianças representavam mais de um quarto da população paulista, hoje elas correspondem a menos de 15%. O dado traduz o avanço do envelhecimento e o desafio de planejar políticas públicas para uma nova estrutura etária.
De acordo com estudo da Fundação Seade, São Paulo passou de uma explosão de nascimentos entre 1950 e 1980, quando a população com até 10 anos cresceu de forma acelerada, para uma inversão no crescimento, com as novas gerações diminuindo cada vez mais de tamanho.
Em 1991, por exemplo, a população nessa faixa etária atingiu 6,43 milhões. Já em 2024, esse número reduziu para 5 milhões de crianças. Em Campinas, a 14ª metrópole mais populosa do país, a parcela dessa faixa etária representa pouco mais de 90 mil crianças.
“Esses dados são importantes pois orientam políticas públicas essenciais, como campanhas de vacinação, planejamento de vagas em creches e escolas e ações voltadas à infância”, destaca a Fundação Seade.
Em 1960, as crianças representavam 27,4% da população paulista, ou seja, mais de um quarto dos habitantes.
Duas décadas depois, essa proporção caiu para 23,6% e, em 2024, atingiu 11,5%, o equivalente à metade do que se observava em 1980.

O estudo também aponta para uma tendência já compreendida sobre envelhecimento: nascem menos crianças e há mais pessoas vivendo por mais tempo, resultado da queda na fecundidade e do aumento da expectativa de vida.
As transformações se expressam nas diferenças regionais. No início dos anos 2000, municípios como Bom Sucesso de Itararé, Ribeirão Branco e Nova Campina concentravam as maiores proporções de crianças, acima de 25%. Hoje, nenhum município paulista supera 16%.
Apesar da redução geral, o mapa demográfico mostra que o sul do Estado, assim como acontecia em 2000, continua abrigando as maiores proporções de crianças, ainda que em níveis mais baixos do que há duas décadas.











