Campinas recebe entre os dias 14 e 16 de novembro o Festival Cidade da Cultura Comgás, um encontro que coloca em evidência a literatura negra, a cultura hip hop e o trabalho de artistas e instituições que fortalecem a identidade afro-brasileira na cidade.
A abertura do evento será na sexta-feira, 14, às 19h30, no Salão Vermelho do Paço Municipal de Campinas (Av. Anchieta, 200, Centro).
A programação reúne apresentações musicais, rodas de conversa, homenagens e ações formativas voltadas à valorização da ancestralidade, à formação de novos leitores e ao combate ao racismo. O evento conta com apoio da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Campinas.
Também estão programadas sessões de slam e graffiti. O slam é um tipo de competição poética em que os participantes recitam textos autorais em voz alta, geralmente com ritmo, emoção e interpretação corporal. Já o graffiti é uma forma de arte urbana, uma intervenção artística em espaços públicos como muros e paredes.
Um dos grandes nomes confirmados é o da escritora Lilia Guerra, que participa das rodas de conversa da Arena da Palavra, ao lado de outros autores como Catita, Vivi de Paula e Maria Alice da Cruz.
O encerramento do evento, previsto para domingo (16), terá performance artística da slamer Mileny, fundadora do Slam do ABC, além da entrega de grafites na Casa do Hip Hop.
“O Cidade da Cultura vai onde a cultura pulsa. É um presente para as cidades, um movimento que celebra artistas da terra e fortalece ecossistemas culturais”, afirma Marcelo Sollero, diretor do Polo Cultural e realizador do festival.
Além da programação artística, o evento promove o intercâmbio entre autores, educadores e estudantes da rede pública, com foco na valorização da literatura afro-brasileira, preservação da memória ancestral, incentivo à leitura e acesso ampliado à cultura.
Programação
14 de novembro – sexta-feira, 19h30
Salão Vermelho do Paço Municipal de Campinas – Av. Anchieta, 200, Centro.
Abertura oficial e homenagens, ao som do grupo de afoxé Ibaô Inã ati Omi.
Homenageados:
Aureluce Santos (In memoriam) – A “Dama do Samba Campineiro”, referência na música de raiz da cidade.
Mãe Iberecy (In memoriam) – Líder espiritual, compositora e fundadora do afoxé Ibaô Inã ati Omi.
Seu Valdir de Oliveira – Escritor, historiador e pesquisador da cultura campineira.
Marcio do Carmo
Coletivo Dina Di
15 de novembro (sábado)
Biblioteca Prof. Ernesto Manuel Zink – Rua Benjamin Constant, 1.633
14h às 16h – Arena da Palavra – Rodas de conversa literária com os escritores Lilia Guerra, Catita, Vivi de Paula e Maria Alice da Cruz.
Mediação: Odara Conecta
Ao longo da programação, haverá também contação de histórias e danças da cultura popular.
Vivência de Breaking: expressão, corpo e cultura
13h – Abertura, com fala de Miguel Passará sobre o hip hop e o breaking (10 min)
13h10 – Roda de conversa com Bboy Negão: A importância cultural do breaking (15 min)
13h25 – Oficina prática
15h30 –15h30 – Cypher com DJ Alice (35 min) – Cypher refere-se a grupos que improvisam em apresentações de rap ou break.
14h – Roda de Conversa – Literatura e protagonismo feminino
Tema: O papel da mulher negra na literatura, com Vivi de Paula, Maria Alice da Cruz, Lilia Guerra e Catita
Mediação: Odara Conecta
16 de novembro (domingo)
Casa do Hip Hop – R. Francisco Teodoro, 1.030, Vila Industrial.
O dia será dedicado à cultura hip hop, com programação voltada ao MC, DJ, Slam e grafite. No estacionamento, o público também poderá conferir o Point de Stickers, com intervenções de Herb, Sete e Jumba. Sticker art é um gênero de arte urbana que utiliza etiquetas adesivas.
Programação artística:
15h – Abertura + microfone aberto
16h – Entrega do grafite + placa do patrocinador
16h30 – Apresentação de Mileny + palestra O que é o Slam
17h – Show da Nata
17h30 – Show do Zerrê
18h – Set DJ Binho
18h30 – Show da Eveline
19h – Show do Yonan
19h30 – Set DJ Sueyla + encerramento
Performance especial: Mileny, fundadora do Slam do ABC e campeã paulista de poesia falada.
Entrega de graffitis nas salas da Casa do Hip Hop










