Para hoje, 11.11., na semana de nossa data magna, infelizmente o Projeto de Lei (PL) 399/15 [legalização ampla da Cannabis] foi incluído na pauta da Câmara dos Deputados.
A sessão está prevista para ocorrer por meio remoto e mui longe de democrático, respeitoso e participativo debate.
Em caso de aprovação desse nefasto PL [travestido de medicina e/ou fonte de receitas, emprego, etc…] poderá haver até mesmo a produção e comercialização de “paçoquinha”, balas, bebidas, “papinha do bebê”, etc…, contendo THC, psicoativo (droga) da Cannabis. [Cf. o artigo 23, parágrafo primeiro, do “substitutivo”].
Sem contar que abriremos uma larga avenida à legalização dos “vapes” – a “aposta” das grandes empresas transnacionais da nicotina, que miram em breve futuro o THC nos dispositivos eletrônicos para fumar/cigarros eletrônicos.
Armas químicas de destruição pulmonar em massa — com cor, cheiro e sabor.
Faz seis anos! que existe regramento para a obtenção de “remédio” à base de Cannabis — por meio da RDC 327/19 da Anvisa.
Entretanto, ao “Big THC” e ao seu irmão mais novo [“Big Vape”] não interessam a produção e comercialização dos fitocanabinoides com critérios embasados em Ciência e sem a utilização de técnicas de “narcomarketing”.
A quem servirá uma pátria entorpecida e esfumaçada?
THC com CNPJ [nas ditas plantações “legalizadas” — não só nos campos, como também nas cidades, com as “casas de vegetação”/”grow houses” previstas no PL em comento] ou entregues ao tentacular crime organizado.
Coragem [para defender os pequenos], serenidade [estratégia adequada ante os ataques insidiosos aos cérebros em formação de crianças e adolescentes] e sabedoria do Alto.
“Liberdade (verdadeira)… abre as asas sobre nós”!
Guilherme Athayde Ribeiro Franco é 30º Promotor de Justiça de Campinas. Especialista em Dependência Química pela UNIAD/UNIFESP. Associado da APMP e da ABEAD.











