Imagens internas de um prédio em Campinas, gravadas pelo circuito de segurança, revelam mais um episódio envolvendo o vereador Otto Alejandro (PL). No vídeo, ele aparece discutindo de forma agressiva com uma funcionária da portaria, utilizando ameaças, ofensas e termos de teor homofóbico.
As imagens foram divulgadas um dia antes da nova tentativa de votação para a abertura de uma Comissão Processante contra o parlamentar na Câmara de Campinas. Otto já responde por outra acusação, relacionada à violência contra uma ex-companheira.
A decisão dos 33 vereadores será votada nesta quarta-feira (19), após ser suspensa no início da semana por falta de quórum no plenário. A estratégia de prolongar a votação, agora se complica com a divulgação do novo vídeo envolvendo o parlamentar e dará mais peso à decisão na Câmara.
Nas imagens, Otto entra no hall do edifício por volta das 19h40, do dia 21 de abril desse ano, acompanhado de um homem e carregando garrafas. Em seguida, inicia uma cobrança sobre um suposto valor ligado a uma pessoa residente do edifício.
A discussão dura pouco mais de quatro minutos e é marcada por intimidações. O vereador é alertado pela funcionária de que suas atitudes configurariam falta de respeito.
A partir daí, o clima se intensifica. O parlamentar passa a menosprezar a trabalhadora, afirmando que ela seria “apenas uma assalariada que não ganha mais de mil reais”.
Em outro momento, ele diz que conversariam “quando ela saísse do prédio”, levando a funcionária a questionar se estava sendo ameaçada. A discussão termina com o vereador lançando ofensas e utilizando um termo homofóbico para se referir à profissional.
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O que diz Otto
Em nota, a assessoria do vereador afirma que o vídeo estaria sendo divulgado “com data errada e com cortes de edição”. Segundo a versão apresentada, o fato teria ocorrido em 2020, quando Otto ainda não era vereador, e estaria relacionado a uma cobrança financeira.
A nota diz ainda que Otto “foi diversas vezes ofendido e respondeu à altura”, e que o registro divulgado teria sido editado para mostrar apenas as falas do parlamentar.
A assessoria afirma que o episódio “já foi resolvido há muito tempo” e que a equipe está analisando “juridicamente a veracidade desse vídeo”.











