Com limitações financeiras e dívidas acumuladas, a manutenção do elenco campeão da Série C é uma das prioridades da Ponte Preta para 2026. A poucos dias da reapresentação da equipe profissional, marcada para a próxima segunda-feira (8), o clube ainda não tem definidas as renovações de diversos jogadores que ficaram sem contrato ao término da temporada.
A reapresentação estava inicialmente prevista para a última terça-feira (2). Porém, após reunião entre jogadores, departamento de futebol e a nova diretoria executiva, agora liderada por Luiz Torrano, o retorno aos trabalhos foi adiado para segunda-feira (8).
O objetivo é ganhar tempo para que ao menos parte dos débitos com o elenco seja regularizada.
Quem ainda tem contrato?
Até o momento, apenas o goleiro Diogo Silva chegou a um acordo para permanecer na equipe. Entre os destaques ofensivos, Elvis e Jonas Toró, artilheiros da campanha com gols decisivos, estão sem contrato e ainda não tiveram as renovações definidas. Também dependem de acerto contratual o lateral Pacheco e o atacante Diego Tavares, ambos titulares na reta final da temporada.
A incerteza se estende a jogadores que possuem vínculo para 2026, mas convivem com atrasos salariais que colocam suas permanências em dúvida.
No grupo com contrato ativo estão nomes importantes, como o zagueiro Saimon; o lateral Danilo Barcelos; os volantes Léo Oliveira, Rodrigo Souza e Luiz Felipe; além dos atacantes Bruno Lopes e Jeh. Barcelos, que perdeu a reta final da Série C por uma lesão no joelho, era capitão e titular absoluto durante boa parte de 2025 e, recuperado, seria um “reforço” interno para a próxima temporada.
Ainda assim, o risco de novas saídas permanece. A Macaca já perdeu dois titulares da final contra o Londrina: o lateral-esquerdo Artur e o zagueiro Wanderson, ambos com desligamento confirmado. Apesar de terem contratos vigentes para 2026, decidiram deixar o clube — Wanderson por meio da Justiça, e Artur após um acordo com a diretoria.
As pendências da Ponte incluem não apenas salários atrasados, mas também débitos referentes a direitos de imagem e depósitos de FGTS, pontos citados por atletas que acionaram o clube judicialmente ao longo de 2025. A ideia da diretoria é quitar pelo menos parte das dívidas até o fim do ano e estuda a possibilidade de diluir parte dos valores em atraso nos pagamentos ao longo da temporada de 2026.











