A cena chocou o mundo em junho deste ano. No início de uma partida da Eurocopa, o atleta dinamarquês Christian Eriksen, capitão de sua seleção e referência de bom futebol, cai desacordado em campo. Foram minutos angustiantes e tensos, com choro de atletas, parentes e do público. Na prática, ele foi resssuscitado por médicos e socorristas.
Quatro meses depois, seu futuro nos gramados segue incerto.
A Internazionale de Milão, seu clube, soltou um comunicado que ele não tem permissão de jogar na Itália nesta temporada devido à parada cardíaca que sofreu durante partida na Euro 2020. O clube afirma estar disposto a deixar o meio-campista dinamarquês sair.
Eriksen teve o acidente em campo durante a primeira partida de sua seleção no torneio disputado em junho deste ano contra a Finlândia e foi atendido e salvo ainda no gramado. Mais tarde, ele recebeu um cardioversor desfibrilador implantável (CDI), uma espécie de marca-passo que pode evitar paradas cardíacas fatais disparando uma carga que restaura o batimento cardíaco normal.
Francesco Braconaro, membro do comitê técnico científico da Federação Italiana de Futebol, disse em agosto que Eriksen não poderá jogar na Itália, a menos que o CDI seja removido.
“Com referência aos direitos de registro do jogador Eriksen, deveria ser observado que, após uma lesão grave que ocorreu durante o Campeonato Europeu em junho de 2021, o jogador está temporariamente impedido pela autoridade médica italiana de atividades esportivas na atual temporada”, disse o time em um comunicado emitido na última quinta-feira (29).
“Embora as condições atuais do jogador não cumpram as exigências para se atingir a forma física esportiva na Itália, o mesmo poderia ser obtido em outros países onde o jogador poderia retomar a atividade competitiva.”
Não está claro se outros países permitiriam que Eriksen participe de suas ligas com o CDI implantado.