Os planos de PL, PP e Republicanos, partidos que terminam a primeira temporada da corrida eleitoral deste ano muito maiores do que 2019, incluem a conquista da Presidência da Câmara, ainda que o presidente Jair Bolsonaro não seja reeleito. Nessas legendas, a avaliação dos líderes é de que eles têm todas as ferramentas para uma boa performance na eleição de outubro: emendas impositivas ao Orçamento, bases estruturadas em todos os estados e puxadores de votos, além do lastro do bolsonarismo.
Aliás, foi o instinto de sobrevivência que levou quem tem mandato a optar por essas agremiações na janela partidária.
Esse núcleo, liderado por Jair Bolsonaro, e os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto; do PP, Ciro Nogueira; da Câmara, Arthur Lira; e do Republicanos, Marcos Pereira, consolida um poder da direita no País. Na esquerda, o comando está mais concentrado no PT, que, ao que tudo indica, também caminhará para eleger uma grande bancada. No campo do centro, desponta o PSD, de Gilberto Kassab. É por aí que os deputados fazem, hoje, as suas apostas.
PL dá um salto na janela partidária
No último dia da janela partidária, o troca-troca de legendas foi intenso. Siglas do Centrão — em especial o PL, do presidente Jair Bolsonaro — foram o principal destino de quem decidiu mudar de lado sem risco de sofrer punição.
O PL teve o crescimento mais expressivo. Tornou-se a maior bancada da Câmara, com 73 deputados
É mais que o dobro do que a agremiação tinha na época da posse, quando contava com 33 parlamentares. Um dos que aderiram ao partido de Bolsonaro foi o deputado Domingos Sávio (MG), então vice-líder do PSDB na Câmara.
Edição de Chico Bruno/Carlos Brickmann