Após a saída do técnico Daniel Paulista, quatro dias antes do Dérbi 203, o presidente do Conselho do Conselho de Administração do Guarani (CA), Ricardo Moisés, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (5), no Brinco de Ouro da Princesa.
Em meio à pressão antes do clássico diante da rival Ponte Preta, o mandatário bugrino confirmou que o auxiliar técnico Ben-Hur Moreira, de 44 anos, membro da comissão técnica fixo do clube, será o responsável por comandar a equipe no duelo decisivo no próximo domingo (8), a partir das 16h, em casa.
“A gente avalia toda situação, confiamos muito no trabalho do nosso auxiliar técnico, o Ben-Hur, e o Guarani nos últimos anos vem lançando auxiliares com capacidade. Foi assim com o Umberto Louzer, com o (Thiago) Carpini, e a gente torce para conseguir uma sequência positiva com o Ben-Hur. Vamos dar total apoio a ele, confiamos no trabalho dele e no Dérbi a gente já vai com o Ben-Hur no banco de reservas”, pontuou Ricardo Moisés.
Sem um treinador efetivado para a sequência do Campeonato Brasileiro da Série B, Ricardo Moisés não descartou a possibilidade de Ben-Hur ser mantido no comando da equipe depois do Dérbi 203. O presidente do CA afirmou, que no momento, o Alviverde não negocia com técnicos e garantiu que o elenco é “muito unido”.
“A gente pensa no primeiro momento ver o comportamento do time e reafirmo a todos que é um time para brigar na parte de cima da tabela. Temos muitos jogadores de experiência e de qualidade no elenco. É ver o comportamento dessa equipe com o comando do Ben-Hur. A partir de domingo, avaliamos isso”, destacou o presidente.
“Não debatemos nomes agora, não tem nomes em pauta, e o Guarani não sonda ninguém no mercado no presente momento. Vamos ver a reação do Guarani nesse clássico. O vestiário nosso é muito bom, nosso elenco é muito unido e vamos mostrar isso durante a competição”, completou.

Contratado pelo Guarani no dia 23 de maio do ano passado, Daniel Paulista comandou a equipe por quase um ano em meio a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, Copa do Brasil e Campeonato Paulista. Defensor da longevidade de treinadores no comando do Bugre, Ricardo Moisés foi questionado sobre o motivo da saída do comandante e citou a falta de regularidade da equipe, que até o momento venceu apenas uma partida na Série B deste ano.
“Existe uma harmonia dentro do Conselho Gestor (CG). Foi assim com o Carpini, que completou um ano (à frente do clube), foi assim com o Daniel e esse é o trabalho dos gestores, dar condição para o treinador que apostamos e confiamos em busca de realizar o trabalho mais longo possível. Somente com continuidade que vamos mudar de patamar. (A saída) foi em harmonia, com todo o Conselho Gestor na mesma linha”, afirmou.
“Acreditamos muito no elenco do Guarani, conhecemos cada atleta que está aqui e o potencial que essa equipe tem. A partir do momento que viemos em uma sequência muito grande oscilando e a gente não mantém uma regularidade, é o momento da troca. Esse é o conceito do Conselho Gestor”, definiu.
Na 16ª posição na tabela de classificação da Série B, o Guarani tem cinco pontos conquistados, com apenas uma vitória, dois empates e duas derrotas nas cinco primeiras rodadas. Na 8ª colocação, a Ponte Preta tem sete pontos no torneio nacional, com duas vitórias, um empate e duas derrotas nos cinco primeiros jogos pela competição.