Desde que a pandemia teve início no Brasil, em 2020, março de 2021 caracterizou-se como o mês mais letal na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Segundo dados da Fundação Seade, com base nas informações dos cartórios de registro civil, foram 3.269 mortes, alta de 82% na comparação com os 1.787 registros de março de 2020, quando a pandemia começava a se instalar no país. Em março deste ano, ocorreram 1.823 óbitos. Em todo o estado, o total de mortes chegou a 427,6 mil em 2021, 41% a mais do que em 2019.
Enquanto até 2019, o acréscimo contínuo dos óbitos (média de 1,3% ao ano) era devido, principalmente, ao crescimento populacional e envelhecimento demográfico, entre 2019 e 2020 esse índice passou para 14,7% e, entre 2020 e 2021, pulou para 23,0%.
Em Campinas, os números acompanham os da RMC. Março de 2021 também foi o mês com mais óbitos no município: 1.242, alta de 80% em comparação às 689 mortes registrada em março de 2020. O segundo mês com mais vítimas fatais na RMC foi registrado em junho de 2021, quando 3.188 pessoas faleceram, contra 2.113 de 2020 – crescimento de 51%.
Os idosos de 60 a 69 anos apresentaram o maior aumento absoluto, com 30,3 mil mortes a mais entre 2019 e 2021, seguido daqueles de 70 a 79 anos, com 28,0 mil. Contudo, o maior aumento relativo foi observado para o grupo de 40 a 49 anos, que registrou 78% de mortes a mais no período, e daqueles de 30 a 39 anos e 50 a 59 anos, ambos com incremento de 64%.
RMSP e Interior
Entre janeiro de 2019 e março de 2020, a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e o Interior do estado apresentavam padrões evolutivos similares, com volume maior de mortes no Interior. Somente em abril e maio de 2020 as mortes na RMSP superaram o patamar do Interior.
O maior volume de óbitos ocorreu em março de 2021 (50 mil) nessas duas regiões, sendo que na RMSP diminuiu já em abril, ao passo que no Interior permaneceu mais elevado até maio. Desde julho de 2021, há tendência de queda e, após setembro, o volume mensal ficou inferior ao de 2020.