Durante mais de três décadas, Mazé Leitão colecionou amigos no jornalismo campineiro. Nesta segunda-feira (21), a “pequena notável” da redação do Correio Popular foi sepultada em Presidente Epitácio, sua terra natal. Mazé faleceu aos 72 anos, domingo (20), em São Paulo. Deixa dois filhos e uma história que se mistura à própria história do jornal impresso de Campinas.
Numa definição simplista do processo, Mazé era a responsável por “construir” o jornal.
Como responsável pelo Departamento do Fluxo (interface entre o comercial e a redação), tinha a tarefa de montar o quebra-cabeça de cada edição, de encaixar os anúncios às páginas e formatar o que leitor veria na edição do dia seguinte. Pequena na estatura e gigante no respeito que dispendia a todos e que lhe era entregue de volta.
Por anos protelou a merecida aposentadoria. Dividida entre os amigos que tinha em Campinas e a família que deixara em Presidente Epitácio, há cinco anos finalmente tomou a decisão de sair do Correio Popular e curtir as “férias”. “Amiga você fará muita falta, nossas risadas, cervejinhas, baralhinho. Agradeço a Deus por ter tido o privilégio de ter você como amiga”, escreveu a amiga Silvia Tizziani nas redes sociais.
E esses foram alguns dos motivos que a levaram de volta para casa. Uma cervejinha gelada, um jogo de baralho e muita prosa para colocar em dia com os amigos de juventude.
Um obituário não agradaria à Mazé. A amiga de muitos supera frases prontas e sempre procurou transparecer alegria.
Animada demais, divertida ao extremo, excelente ouvinte, companheira de muitos e profissional como poucas.
É só uma parte dos adjetivos que a tornam especial para tantos que cursaram pelo jornalismo campineiro. Eu, inclusive.











