Um acidente no cruzamento da Avenida Washington Luiz com a Rua Ângelo Simões, causado por um caminhão cegonha que que atingiu a rede elétrica, deixou semáforos fora de operação e moradores sem energia, nesta terça-feira (13), em Campinas. Transtornos como este são mais comuns do que se imagina. De acordo com a CPFL Paulista, essas ocorrências, que abrangem colisões diretas contra postes e rompimento de fiação aérea, causaram 181 interrupções de longa duração no fornecimento de energia para clientes da região de Campinas entre janeiro e março deste ano.
Na ocorrência desta manhã na Vila Marieta, dois postes semafóricos foram derrubados quando o caminhão acertou a fiação. A Emdec precisou operacionalizar desvios no trânsito para a realização dos reparos e alguns moradores da região relataram cortes no fornecimento de energia.
O levantamento indica redução de 21% no comparativo com o mesmo período de 2024, quando foram registrados 230 casos nas 34 cidades atendidas pela CPFL Paulista na região. A concessionária lembra que, além das consequências às pessoas diretamente envolvidas, os acidentes de trânsito que afetam estruturas do sistema elétrico podem lesar a população em geral, prejudicando o funcionamento de serviços essenciais, como unidades de saúde.
“Os números são representativos. Nos unimos às campanhas de conscientização do Maio Amarelo, destacando os possíveis reflexos das ocorrências com veículos que atingem a rede”, afirma o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da CPFL Energia, Raphael Campos.
Colisões contra postes
Das ocorrências envolvendo veículos, as colisões contra postes têm mais impacto para a população, pois geralmente exigem reparos complexos. O atendimento ocorre em duas etapas: primeiro, as equipes de Operação eliminam o risco elétrico, isolam os circuitos comprometidos e restabelecem a energia para a maioria dos clientes. A seguir, as equipes de Obras e Manutenção reconstroem o trecho danificado.
Dependendo da gravidade do ocorrido, o trabalho pode ser mais demorado. “Apesar da pronta resposta dos nossos times, pode ser necessário aguardar a conclusão da perícia policial e a remoção do veículo, para só então iniciar a substituição do poste atingido”, comenta Clauber De Marchi Pazin, gerente de Operações da CPFL Paulista.
Outro reflexo das colisões contra postes é que o condutor pode ter que arcar com os danos. Nos casos em que é identificado o culpado legal, este é cobrado pela concessionária pela reposição do poste, atualmente avaliado entre R$ 3 mil e R$ 14 mil, dependendo dos equipamentos instalados.











