Campinas entrou em Estado de Atenção na manhã desta quarta-feira (29) pelo excesso de chuva registrado nas últimas 72 horas. O índice pluviométrico (que mede chuvas acumuladas) chegou em 103,1 milímetros até as 9h.
O estado de atenção é considerado quando o volume de chuva ultrapassa os 80 milímetros acumulados, situação que aumenta muito o risco de alagamentos, quedas de árvores, deslizamentos, desabamentos e quedas de muros.
A saturação do solo pelo grande volume de água acumulada amplia os riscos de deslizamento de terras e desabamento de imóveis, alertam os agentes. Assim, interdições preventivas em decorrência das vistorias realizadas pelas equipes da Defesa Civil podem acontecer.
Níveis de alerta
O Plano de Contingência trabalha com quatro níveis de alerta:
Nível 1 – Estado de Observação, quando chove até 80 mm, e há um acompanhamento dos índices pluviométricos;
Nível 2 – Estado de Atenção, quando o índice pluviométrico fica acima de 80,1 mm e são realizadas vistorias de campo em áreas de risco;
Nível 3 – Estado de Alerta, com remoção preventiva da população das áreas de risco iminente indicadas pelas vistorias;
Nível 4 – Estado de Alerta Máximo, deflagra a remoção de toda a população que mora em áreas de risco.
Ocorrências
A Defesa Civil de Campinas registrou 27 ocorrências por conta da chuva desta terça-feira (28). Houve alagamento em 12 imóveis e ocorreram 13 quedas de árvores e galhos.
Também houve registro de alagamento e erosão em via pública e risco de queda de muro.
A região leste foi a mais atingida com 13 ocorrências, seguida pela região sudoeste, com sete. Os registros ocorreram entre 18h57 de terça e 4h34 desta quarta.
Das 13 ocorrências de quedas de árvores de terça, cinco foram resolvidas com a liberação da via pela Secretaria de Serviços Públicos, que mantém oito equipes trabalhando na cidade.
Previsão do Inmet
De acordo com a previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta quarta, o dia começou com bastante nebulosidade em todo o Estado de São Paulo.
No decorrer do dia, os termômetros devem se elevar gradualmente, contribuindo para que a sensação seja de calor e até mesmo de abafado em municípios do interior paulista.
No período vespertino, a formação de um centro de baixa pressão sobre o oceano deve favorecer a formação de instabilidade atmosférica suficiente para pancadas de chuva em todas as áreas monitoradas.
Essa chuva deve estar acompanhada de rajadas de vento fortes, descargas elétricas e até mesmo de granizo em alguns pontos isolados.