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Home Colunistas

Animação escancara os efeitos de uma guerra – por João Nunes

João Nunes Por João Nunes
28 de abril de 2022
em Colunistas
Tempo de leitura: 3 mins
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Animação escancara os efeitos de uma guerra – por João Nunes

Amin, adulto, narra seus conflitos em divã do analista no filme “Flee”

A invasão russa à Ucrânia deve servir para a velha esquerda, que sempre se referiu aos norte-americanos como imperialistas, se lembrar de incluir os russos nesse conceito. No passado, fazia-se questão de esquecer que a ex-União Soviética não era reunião fraterna de países do Leste Europeu, mas conglomerado de nações cooptadas pela Rússia.

Foi invadido por soldados do ditador soviético, Leonid Brejnev, que o Afeganistão acordou certa manhã de 1979. O objetivo era aniquilar rebeldes religiosos conhecidos como mujahidin; dez anos depois, Mikhail Gorbachev retirou os russos do país.

Este conflito é pano de fundo de “Flee – Nenhum Lugar para chamar de Lar”, conhecido como “Fuga” (Flee, Dinamarca, França, Noruega, Suécia, UK, EUA, Finlândia, Itália, Espanha, Estônia e Eslovênia, animação/documentário, 2021, 89 min.), do dinamarquês Jonas Poher Rasmussen.

 

 

Amin é um garoto refugiado afegão que chega, sozinho, à Dinamarca. Depois de ocultar a identidade por 20 anos, decidiu transformar a história dele no filme dirigido por Rasmussen, documentarista de Copenhague e amigo, que, desde a adolescência conhecia os detalhes da aventura que vivenciou.

 

Rasmussen opta pelo híbrido de animação e documentário que, em princípio, parece estranho, mas logo conquista o espectador, pois a mistura funciona muito bem.

 

Os conflitos entre guerrilha e russos, além de outros acontecimentos, são narrados em live-action (uso de atores reais) e a rotoscopia (técnica de animação que “desenha” em cima de imagens reais), enquanto o depoimento de Amin acontece no divã de analista, assim como os muitos deslocamentos encenados em forma de desenho animado.

Há motivos para essa opção. Usando pseudônimo, Amin não revela a identidade para proteger a família que retornou ao Afeganistão. E, para se proteger e ser aceito como refugiado, mente às autoridades da Dinamarca dizendo ser o único sobrevivente da família.

E há traumas próprios da guerra e a condição homossexual que vai sendo delineada até ser assumida – em dado momento, adolescente, ele procura médica a fim de lhe pedir remédio para combater atração por homens.

A animação serve, também, para o diretor criar constituições físicas diferentes das personagens reais e como forma de preservar a identidade do garoto. Mas não só. Trata-se de exercício de linguagem.

 

Na Dinamarca ele procura uma médica a fim de “se curar” da atração por homens

Ivonete Pinto, professora de animação da Universidade Federal de Pelotas (RS), diz no texto escrito sobre o filme, que ele foi concebido com técnica 2D. “Trata-se de simulação de animação tradicional cujos movimentos não são fluidos e a profundidade e volumetria das imagens são simuladas no 2D”. Segundo ela, provavelmente, a pungência da história de guerras e separações “teria passado despercebida” se fosse todo representado em live-action”.

Mesmo quem não entende da técnica será capaz de se comover com Amin. Das brincadeiras de infância, como soltar pipas, ensinadas pelo irmão mais velho, dos muito obstáculos que terá de superar para ficar em segurança, das mudanças físicas e mentais e dos diversos cenários até os contornos finais da história.

 

No Afeganistão, o garoto viveu a infância até a invasão dos russos

O mesmo espectador pouco afeito a animação perceberá a força do traço do diretor (o roteiro foi escrito por ele e por Amin). Um desenhista será bom na medida em que puder comunicar o máximo possível das intenções dos personagens e das cenas. Esse detalhe diferencia um desenho que nos toca daquele que não chama a atenção.

 

Do avião, quando Amin se vê obrigado a deixar o Afeganistão, ele vê as bombas explodindo e o rosto (olhos, boca, testa) expressa comovente e inexprimível dor.

 

Sabe que nunca mais voltará ao país, não mais verá o pai; a vida construída naquele lugar será mera lembrança e está consciente de que habitará nova terra repleta de desafios. Quando uma imagem dessas, concebida em animação, consegue mexer com nossos sentimentos é porque o autor alcançou o objetivo de chegar ao espectador.

 

A despedida do país, vendo as bombas da guerra entre russos e a guerrilha

 

É nesse diapasão de sensibilidade que “Flee – – Nenhum Lugar para chamar de Lar” se estrutura nessa história de guerra, mortes, perdas, separações e desencontros e que conquistou mais de 80 prêmios em festivais.

A história do mundo é a trajetória de dominação do ser humano: sobre o outro, sobre outras criaturas e sobre a terra – luta sem complacência que jamais acabará. Contudo, a experiência do sobrevivente Amin ratifica a força individual da autopreservação e se insurge como libelo contra a guerra.

 

O filme está em cartaz nos cinemas; em breve, nas plataformas de streaming

João Nunes é jornalista e crítico de cinema

Tags: Afeganistãoanimaçãocinemaex-URSSFlee – Nenhum Lugar para chamar de LarguerraJoão NunesJonas Poher RasmussenLeonid BrejnevRússiaSala de Cinemaucrânia
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