Com a chegada das temperaturas mais baixas, os animais do Bosque dos Jequitibás, em Campinas, recebem alguns cuidados extras para que fiquem aquecidos e protegidos do frio, como nesta quinta-feira (29). No Bosque, a maioria dos animais fica em recintos, alguns com lagos ou tanques, e outros na área interna do complexo de museus, formado pelo Museu de História Natural e Casa dos Animais Interessantes.
No complexo de museus, os cuidados com os répteis foram intensificados. Eles são animais de “sangue frio” e precisam de suporte térmico constante para manter as funções vitais. Por isso, todos os terrários do museu contam com sistemas de aquecimento como pedras aquecidas e lâmpadas especiais, que emitem radiação infravermelha, ideais para esse tipo de animal. “Os répteis escolhem instintivamente se querem ficar próximos às zonas de calor ou se preferem regiões mais frias do terrário”, explica o biólogo Felipe Brocanelli.
Quando há grande queda de temperatura, medidas extras são adotadas para garantir o bem-estar desses animais. “Ligamos aquecedores elétricos na sala de quarentena e usamos aquecedores a óleo no Serpentário, mantendo a temperatura do ambiente controlada”, detalha o especialista. Esses equipamentos permanecem desligados em dias mais quentes e só são ativados quando o frio se intensifica.
Animais dos recintos ao ar livre
A coordenadora do Bosque dos Jequitibás, Débora Abrão Meca, conta que nos recintos ao ar livre, inclusive os que possuem uma “casinha” para os animais, são colocados forragem, de palha, para que possam se aconchegar e ficar mais aquecidos.
A forragem costuma ser colocada para a jaguatirica, o emu, o tamanduá, a anta e outros. Até para o hipopótamo é feita uma caminha de palha, mas ele curte mesmo é ficar dentro da água, esteja calor ou frio. Em outros recintos, com grade ou alambrado, como das aves, também são usadas lonas para evitar o excesso de vento.
O complexo de museus, formado pelo Museu de História Natural e a Casa dos Animais Interessantes, abriga um acervo de aproximadamente 6 mil peças, entre fósseis, animais taxidermizados e exemplares vivos.
Além dos répteis, o público pode conhecer sobre a biodiversidade brasileira, incluindo mamíferos, aves, anfíbios, peixes e insetos, além de informações sobre os biomas do Brasil. Os painéis e as exposições interativas tornam o espaço um importante centro de conhecimento e sensibilização sobre a conservação da fauna e da flora.
O museu funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 13h. Além disso, abre ao público no segundo domingo e no último sábado de cada mês, em dois períodos: das 9h às 12h e das 13h às 17h.
A entrada é gratuita para crianças de até 5 anos, idosos a partir de 60 anos e para escolas municipais de Campinas ou instituições, que podem agendar a visita pelo e-mail museuaquario@campinas.sp.gov.br. Para os demais visitantes, é cobrada uma taxa simbólica: R$ 2,50 (meia-entrada) para estudantes e professores da rede pública estadual de São Paulo e R$ 5 (inteira) para o público geral.
O Bosque dos Jequitibás fica na rua Coronel Quirino, 2, Bosque. Funciona de terça-feira a domingo, das 6h às 18h. A entrada é gratuita.
