Pouca saúde e muito azar [jogos de ruína] os males do Brasil são. Confira-se [neste link] o boletim especial da AMATA sobre a invasão das “bets” no nosso país.
E o que já é uma tragédia nacional, tenderá a ficar muito pior – com a eventual aprovação da “PEC das Praias”, cuja votação na CCJ do Senado dar-se-á nesta quarta-feira, 4.12.
De fato, só fará alimentar o “lobby” transoceânico para que o azar tome conta das chamadas “terras de marinha” – que deixariam de ser patrimônio da União e passariam a ser consideradas terras dos estados e municípios, em indesejável e inoportuna flexibilização normativa.
A malferir direitos magnos ligados à segurança pública, ao meio ambiente e à saúde da população – refém como nunca antes se viu, da dependência dos jogos de azar: “bets”, tigrinhos e afins.
Cassinos/resorts espraiados literalmente pelo vastíssimo litoral brasileiro!
Uma lavanderia de dinheiro de origem escusa a funcionar com água salobra…
E ademais, com as tais “salas” reservadas a “fumantes” [leia-se: a reboque, “vapes” cancerígenos, poluidores e explosivos, que podem, sabemos, conter THC saborizado e aromatizado].
Tudo isso irá afundar até o mais profundo abismo a nossa Política Nacional de Controle do Tabaco [PNCT] e o nosso PLANAD [Plano Nacional de Política sobre Drogas].
Esse último, de 2022, mal saiu do estaleiro.
Guilherme Athayde Ribeiro Franco é 30º Promotor de Justiça de Campinas. Especialista em Dependência Química. Associado da APMP e da ABEAD.
