Após longo período de restauração, o Centro de Convivência Cultural de Campinas “Carlos Gomes” está sendo reaberto ao público, com apresentações musicais, não sem polêmicas. Para a preservação do espaço, foram instalados gradis no entorno, sem alterar muito a parte arquitetônica, obra devidamente aprovada pelo Condepacc.
Notícias recentes dão conta de que a justiça solicitou informações ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephatt) sobre a colocação dos gradis no Centro de Convivência. A Prefeitura foi notificada para interromper a instalação, mas a obra já foi finalizada.
Entendo a posição política do questionamento, uma vez que já são tão poucos os espaços públicos de convivência e os gradis podem se aparentar como um risco para o fechamento e cerceamento de uso do teatro de arena. Mas nesse caso em particular o interesse público está acima de ser apenas um jogo político-partidário, da mesma forma que foi a iniciativa de dar o nome de Teresa Aguiar ao Teatro de Arena.
Por isso fizemos um abaixo-assinado em apoio a tal intervenção que pode ser lido e assinado no link https://chng.it/xrVCpX9KFd.
É curioso e para ser registrado que uma das apoiadoras do abaixo-assinado manifestou que “o Centro de Convivência é patrimônio público e não privado. Sou contra a iniciativa da prefeitura de Campinas de cercar o Centro de Convivência. Basta organizarem ações preventivas contra vândalos”.
A colocação dos gradis é justamente uma das ações preventivas.
Adilson Roberto Gonçalves, pesquisador da Unesp, membro da Academia de Letras de Lorena, da Academia Campineira de Letras e Artes, da Academia Campinense de Letras e do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas.











