O Campeonato Europeu tem uma história repleta de partidas emocionantes, atuações lendárias e, ocasionalmente, reviravoltas impressionantes.
A Euro 2024 já nos proporcionou muitas histórias brilhantes de Cinderela. Desde a vitória da Eslovênia sobre a Geração de Ouro da Bélgica até a vitória de 2 a 0 da Geórgia sobre Portugal, indo para as oitavas de final em seu primeiro torneio, este inverno na Alemanha foi repleto de drama e emoção, e aqueles que olham para a final e as apostas Espanha x Inglaterra sabem que será mais um jogo acirrado.
As finais do torneio testemunharam alguns dos mais notáveis triunfos de azarões na história do futebol, quando as equipes desafiaram as probabilidades e escreveram seus nomes nos livros de história.
Neste artigo, revisitamos algumas das maiores reviravoltas nas finais do Campeonato Europeu e avaliamos como cada equipe superou as probabilidades antes da final de 2024 em Berlim.
Grécia – 2004
A vitória da Grécia na Euro 2004 é, sem dúvida, a maior surpresa da história do Campeonato Europeu.
A Grécia entrou no torneio com expectativas modestas, mas estava em uma série invicta durante as eliminatórias que passou despercebida.
A equipe grega era conhecida por sua solidez defensiva e jogo disciplinado, com jogadores importantes como o goleiro Antonios Nikopolidis, o capitão Theodoros Zagorakis e o atacante Angelos Charisteas.
Desde o início, a Grécia desafiou as expectativas, começando com uma surpreendente vitória por 2 a 1 sobre os anfitriões, Portugal, na partida de abertura. Os gregos continuaram a surpreender ao derrotar a França, a atual campeã, nas quartas de final, e a República Tcheca nas semifinais.
Na final, a Grécia enfrentou novamente Portugal, que era o grande favorito, contando com estrelas como Luís Figo, Cristiano Ronaldo e Deco. No entanto, a defesa bem treinada e a estratégia eficaz de contra-ataque da Grécia prevaleceram. O momento decisivo ocorreu aos 57 minutos do segundo tempo, quando Charisteas cabeceou em um escanteio para dar à Grécia uma vantagem de 1 a 0.
A Grécia se segurou para garantir uma vitória surpreendente, levantando o troféu contra todas as probabilidades e capturando a imaginação dos fãs de futebol em todo o mundo.
Dinamarca – 1992
A história do triunfo da Dinamarca na Euro 1992 é uma das mais extraordinárias da história do futebol. A Dinamarca não havia se classificado originalmente para o torneio e só foi incluída depois que a Iugoslávia foi desqualificada devido à eclosão das guerras iugoslavas.
Com pouco tempo para se preparar, a equipe dinamarquesa chegou à Suécia com expectativas mínimas, com pouca aposta nela.
A equipe dinamarquesa podia não ter grandes jogadores, mas era bem organizada e determinada. Embora tenha sofrido algumas críticas por perda de tempo, a equipe permaneceu forte e a estratégia do passe para trás acabou sendo seguida durante o torneio.
Apesar de um início lento na fase de grupos, a Dinamarca avançou para as oitavas de final, onde surpreendeu a Holanda, atual campeã, nos pênaltis.
Ao enfrentar a Alemanha na final, a Dinamarca era claramente o azarão. No entanto, a equipe jogou com incrível espírito e disciplina tática. John Jensen abriu o placar com um chute potente, e Kim Vilfort garantiu a vitória com um gol no final. A vitória da Dinamarca por 2 a 0 foi um final de conto de fadas para uma equipe que não tinha nenhuma chance de sucesso.
Portugal – 2016
Apesar de ter um dos melhores jogadores do mundo com Cristiano Ronaldo, Portugal não estava entre os favoritos antes do torneio na Euro 2016.
A equipe de Fernando Santos teve dificuldades na fase de grupos, avançando apenas como um dos melhores terceiros colocados, sem vencer uma partida no tempo regulamentar.
No caminho de Portugal até a final, o país superou a Croácia, a Polônia (nos pênaltis) e o País de Gales, muitas vezes contando com sua força defensiva e flexibilidade tática. O mais louco é que foi preciso esperar até as semifinais para que os portugueses marcassem um gol em jogo aberto, enquanto a adversária França havia eliminado todos os outros adversários.
Eles enfrentaram o país anfitrião na final, com os Les Blues ostentando uma equipe cheia de talentos, incluindo Antoine Griezmann, Paul Pogba e Dimitri Payet, o que os tornava claramente favoritos.
A final no Stade de France teve um início dramático, pois Ronaldo saiu lesionado no primeiro tempo. Apesar desse contratempo, Portugal permaneceu resistente, com o substituto Éder emergindo como o herói improvável.
Aos 109 minutos do segundo tempo da prorrogação, Éder marcou um gol incrível de longa distância, garantindo a vitória de Portugal por 1 a 0. Esse triunfo foi o primeiro grande troféu internacional de Portugal e um testemunho de sua garra e união, conquistado contra uma formidável equipe francesa.