Uma palestra no Salão Vermelho da Prefeitura de Campinas nesta segunda-feira, dia 21, destacou os desafios necessários para superar o racismo em nossa cidade e no País. A iniciativa foi do Centro de Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa, ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos.
A socióloga Tayná Mesquita, convidada para o evento, destacou em sua fala a importância do dia 21 de março. “Essa data faz referência ao massacre de Shaperville, ocorrido em 1960, na África do Sul, onde uma manifestação pacífica contra o racismo foi reprimida com violência e resultou na morte de 69 pessoas desarmadas”, explicou.
TaynáMesquita também destacou, entre outros itens, a questão do racismo institucional, que é a maneira pela qual as instituições acabam por funcionar de modo a produzir condições de desvantagem no acesso a direitos e recursos oferecidos pelo Estado e instituições públicas ou privadas.
Jacqueline Damazio Armando, coordenadora do Centro de Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa, destacou a criação da 24ª Promotoria de Justiça de Campinas, que é a promotoria especializada para questões relacionadas à promoção da igualdade racial e liberdade religiosa, fruto de uma colaboração entre a Administração municipal e o governo estadual.
Sérgio Max Almeida Prado, coordenador setorial de Promoção da Igualdade Racial, destacou os avanços no Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial, no qual diversos departamentos do Município estão desenvolvendo iniciativas de modo a superar o racismo estrutural e institucional no município.
“Sempre afirmo e destaco que política pública se faz com parceria. Por isso é tão importante o envolvimento da sociedade civil e de todas as instâncias do governo para a superação do racismo em nosso Município”, afirmou Vandecleya Moro, secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas.
