João Brigatti pediu o boné! Um dia após a derrota por 2 a 0 para o Ituano, que aumentou para quatro jogos o jejum de vitórias da Ponte Preta, o treinador de 60 anos resolveu deixar o comando da equipe alvinegra, mesmo com o respaldo da diretoria para a continuidade do trabalho.
A decisão pessoal do técnico em entregar o cargo pegou de surpresa o presidente Marco Antônio Eberlin, apesar do mau momento vivido pela Macaca, que ocupa a 15ª colocação da Série B, com apenas seis pontos em sete partidas, e pode fechar a rodada dentro da zona de rebaixamento, dependendo de dois resultados (vitórias de Botafogo-SP e Amazonas).
“O técnico João Brigatti procurou o presidente Marco Antonio Eberlin na manhã desta segunda-feira (27) e, em uma conversa bastante amigável, relatou que entende a necessidade de mudança na condução do trabalho. O presidente, por sua vez, ressaltou que não entendia desta forma porque ‘quando vence, todos vencem e quando perde, todos perdem’. Mas, diante da solicitação irredutível deste leal comandante, acabou acatando o pedido de demissão do cargo de treinador da Associação Atlética Ponte Preta”, informou o clube alvinegro, em comunicado divulgado à imprensa.
“João Brigatti não é só um técnico. É um torcedor e um amigo leal que jamais abandonou o clube em seus momentos difíceis. É vida que segue, mas torço para que, em breve, esteja de volta porque a Ponte Preta precisa de pessoas leais e comprometidas com essa nossa história. E o João Brigatti, certamente, é uma dessas pessoas”, lamentou o presidente Marco Antonio Eberlin.
“A Ponte informa que não existe nenhum nome para o cargo, até porque a diretoria foi pega de surpresa com o pedido nesta manhã. Informa ainda que até que seja contratado um novo treinador, os trabalhos da semana serão comandados pelo auxiliar Nenê Santana”, finaliza o comunicado.
Com o pedido de demissão nesta segunda-feira (27), João Brigatti encerra a sua sexta passagem como treinador da Ponte Preta, seja como efetivo ou interino. Ao longo dos últimos oito meses, foram 28 jogos à frente da Macaca, com apenas sete vitórias, além de 11 empates e 10 derrotas, o equivalente a um aproveitamento de 38,1%.
Brigatti assumiu o comando da Ponte em outubro do ano passado, deixando a função de coordenador de futebol e substituindo Pintado. Ele cumpriu a missão de salvar a equipe do rebaixamento à Série C e a reconduziu ao mata-mata do Campeonato Paulista após quatro anos, mas o mau início da Série B e as atuações ruins o levaram a optar pela saída, entendendo que o trabalho chegou ao limite.
Em 2024, João Brigatti entrou para a lista dos 15 treinadores que mais comandaram a Ponte Preta. Ao ficar à beira do campo no duelo contra o Ituano, no último domingo (26), no estádio Novelli Júnior, em Itu, o ex-goleiro empatou com Francisco Sarno, na 14ª colocação do ranking, com 81 jogos. Ao todo, em seis passagens entre 2017 e 2024, Brigatti acumula 30 vitórias, 27 empates e 24 derrotas, o que corresponde a um aproveitamento de 48,1%.











