A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (26) o projeto de lei 3680/23, que confere à Campinas o título de “Capital Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação”. A proposta será enviada ao Senado e, se aprovada, segue para sanção ou veto do presidente da República.
Na justificativa do projeto, o autor, deputado e ex-prefeito de Campinas Jonas Donizette (PSB), considerou que a cidade tem o maior ecossistema nacional de pesquisa, desenvolvimento e inovação do Brasil, formado por indústrias de base tecnológica, centros de pesquisa e universidades, além de quatro parques tecnológicos.
“Uma das maiores revistas especializadas no setor de tecnologia de informação e armazenamento de dados do mundo, a “DataCenterDynamics”, publicou reportagem na qual aponta a cidade como o maior polo da América Latina no setor de tecnologia, responsável por 15% da produção de tecnologia do País”, disse o autor do projeto.
“Campinas completa 250 anos no próximo mês. Uma data muito importante para reafirmar o protagonismo da cidade no campo da ciência e da pesquisa”, publicou Donizette em suas rede sociais.
O relator do projeto, deputado Gilberto Nascimento (PSD), afirmou que Campinas é reconhecida como um dos principais polos de inovação do País, onde estão localizados os maiores centros nacionais de pesquisa, desenvolvimento e inovação, e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), instituição que mais tem patentes registradas no Brasil.

“Com uma economia voltada para a inovação, Campinas é conhecida como o Vale do Silício brasileiro, refletindo sua importância no cenário tecnológico nacional e internacional”, declarou Nascimento durante votação.
Importantes centros de pesquisa
Dezenas das 500 maiores empresas de tecnologia da informação do mundo estão em Campinas. Há mais de 20 centros de tecnologia e pesquisas em inovação sediados no município paulista.
A cidade também abriga o acelerador de partículas Sirius. Essa infraestrutura se dedica a investigar a estrutura atômica das substâncias pesquisadas por cientistas, o que pode ter aplicação prática no desenvolvimento de materiais, na criação de novos medicamentos e na geração de compostos de nanotecnologia, entre outros.

Outra atração da metrópole é o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), que pesquisa componentes eletrônicos, microeletrônica, software de suporte 3D para a indústria e a medicina.
Há também o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), um dos centros de P&DI mais antigos do Brasil, fundado em 1887, e que desenvolve importantes pesquisas para a produção de matérias-primas para a indústria alimentícia e para a cooperação em segurança alimentar.