Julho reforça um alerta urgente: a conscientização sobre o câncer de bexiga e Campinas recebe a campanha “Vermelho é um Alerta”, promovida pelo Grupo SOnHe, em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Campinas e a Câmara dos vereadores.
Durante todo o mês, cartazes informativos serão instalados nos banheiros de todas as praças esportivas da cidade e da sede do legislativo, com orientações claras sobre os sintomas e fatores de risco do câncer de bexiga. A programação continua até 26 de agosto, quando o tema será debatido em uma plenária na Câmara dos Vereadores, com a presença do oncologista Rafael Luís do Carmo, especialista do grupo.
Para Fernando Vanin, secretário municipal de esportes e lazer, essa campanha é importante como forma conscientização e educação para toda a comunidade. “Atuamos todos os anos em parceria com o Grupo SOnHe e, em 2025, a campanha visa conscientizar sobre os fatores de risco, os sinais e sintomas do câncer de bexiga e as formas de prevenção”, afirma. Os cartazes instalados nos banheiros públicos têm o objetivo de alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, reforçando a necessidade de buscarem auxílio médico assim que perceberem os sintomas.
Embora não esteja entre os tipos mais incidentes no Brasil, o câncer de bexiga é grave e pode ser evitado com mudanças simples no estilo de vida. Cerca de 90% dos pacientes descobrem o câncer de bexiga após os 55 anos, o que faz com a doença seja associada a pessoas com mais idade. Dados da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) mostram que o tabagismo é responsável por mais de 50% dos casos diagnosticados no país, principalmente em homens com mais de 60 anos.
A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o triênio 2023-2025 é de 11.370 novos casos por ano no Brasil. “Esse é um câncer silencioso no início, mas com sinais claros. Sangue na urina e alterações no hábito urinário devem ser investigados imediatamente”, alerta Higor Mantovani, oncologista do Grupo SOnHe.
No ASCO 2025, principal congresso mundial de oncologia, foram apresentados novos dados que reforçam a eficácia da imunoterapia como tratamento padrão para pacientes com doença metastática ou recidiva após tratamento inicial com platina. Também foi destaque o uso de ADC’s (anticorpos conjugados a drogas), que trazem resultados promissores por sua capacidade de atacar diretamente as células tumorais com maior precisão. “Essas terapias já representam uma virada de chave no tratamento e reforçam a importância do diagnóstico precoce, que permite acessar essas estratégias com mais chance de sucesso”, pontua o oncologista.
Outro avanço importante é o uso da terapia-alvo, voltada a pacientes com alterações genéticas no gene FGFR, uma condição presente em até 20% dos casos. Embora já disponível no Brasil, o medicamento ainda enfrenta limitações de acesso, principalmente no SUS. “A democratização do acesso ao tratamento precisa acompanhar a evolução da ciência”, reforça Mantovani.











