As três campanhas de vacinação em curso em Campinas têm índices abaixo dos 50% de cobertura dos públicos-alvo. Gripe, dengue e poliomielite não alcançaram até agora os resultados esperados. A Secretaria de Saúde de Campinas indica que a melhor adesão é contra a gripe, com cobertura geral de 47,54% entre idosos, gestantes, puérperas e crianças, e a pior a da dengue, com 15,5%.
Contra a poliomielite foram aplicadas 9.111 doses nas quatro primeiras semanas de campanha que, assim como a da gripe, foi ampliada. A meta é imunizar ao menos 95% das crianças de 1 a 4 anos, grupo estimado em 50 mil pessoas. Neste grupo a vacinação é indiscriminada, ou seja, mesmo quem tem o esquema vacinal completo deve receber a dose oral.
Já para menores de 1 ano, se houver necessidade, é feita a atualização do esquema vacinal, com a dose injetável, e os dados entram para a cobertura vacinal de rotina, que em 2023 foi de 92,8%. Por isso, não há meta nesta faixa.
O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989, sendo que em 1994 houve certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. Mas, em 2023 o País foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas.
A doença é considerada grave e caracteriza-se pela paralisia que, em geral, acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível.
Uma das coberturas mais baixas é contra a dengue. A campanha registrou 14.204 doses de vacina aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos no período entre 11 de abril, início da campanha contra a doença, e esta segunda-feira (24), o que representa 15,5% do público-alvo.
O esquema vacinal recomendado corresponde à administração de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. A operacionalização da campanha é uma decisão de cada município.
Os melhores resultados até agora são contra a gripe. Foram 272.303 doses. Os imunizantes permanecem disponíveis nos 68 centros de saúde (CSs) da cidade e a mobilização vai até o fim de junho. Entre puérperas e gestantes, o índice de cobertura está em 24%. Já entre idosos chega a 49% e entre as crianças, 46,77%.
Desde 2 de maio, todas as pessoas a partir de 6 meses de idade podem tomar a dose contra a gripe. Para receber, basta ir até uma unidade básica e apresentar documento de identificação com foto e a carteira de vacinação (se tiver).