A Prefeitura de Campinas informou que 59 pessoas foram colocadas no final da fila da vacinação contra a Covid-19 por tentarem escolher qual imunizante tomar ou recusar a vacina disponível. Desde o dia 9 de julho a Administração vem tomando essa medida para evitar que os “sommeliers” de vacina atrapalhem o processo de vacinação.
“Foram 59 recusas desde que o decreto começou a valer. Ou eles assinaram o termo ou duas testemunhas assinaram”, informou a assessoria de imprensa da Secretaria da saúde.
O morador de Campinas que recusa a dose do imunizante oferecido tem de assinar um termo assumindo a responsabilidade pela decisão. Caso se negue, duas testemunhas assinam o documento.
O prefeito Dário Saadi (Republicanos) determinou que a partir do dia 9, quem se recusar a receber a vacina na tentativa de escolher o tipo do imunizante irá para o fim da fila. A medida foi anunciada no dia 7 e o decreto que estabelece os novos critérios foi publicado no dia seguinte no Diário Oficial do Município. Na RMC, Holambra, Americana e Indaiatuba também já adotaram medidas semelhantes.
Também sofre penalização quem agenda a vacina e não comparece, ignorando o recurso de cancelamento do agendamento. A pessoa fica suspensa por 30 dias e não consegue fazer novo agendamento. Se não concordar com a punição, o munícipe pode entrar com um pedido de revisão no Protocolo Geral da Prefeitura.
Na cidade de Holambra, quem optar por não receber o antígeno que está sendo ofertado não poderá reagendar a aplicação imediatamente e voltará ao final da fila. Em Indaiatuba, a recusa faz o sistema automaticamente bloquear o cadastro. A pessoa só tomará a vacina quando for reconvocada pela secretaria.
Em Americana, a Secretaria de Saúde passou a utilizar um termo de responsabilidade em todos os locais de vacinação, para tentar inibir a escolha. Ele não possui caráter punitivo, porém, com a recusa do morador em tomar a vacina que se encontra disponível, ele passa a aguardar momento oportuno referente à sua faixa etária e grupo populacional ao qual pertence, o que também não garante a ele a disponibilidade futura do imunizante preferido.
Iniciativa
Quem abriu caminho para a punição aos que preferem escolher o fabricante em vez de se apressar para tomar a vacina foi São Bernardo do Campo, na semana passada. Em dois dias, o município registrou mais de 200 negativas em receber a dose ofertada.
Na sequência, diversos outros municípios paulistas seguiram o exemplo de São Bernardo e a iniciativa se estendeu a outros estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais.