A Casa da Mulher Campineira, localizada na rua Onze de Agosto, 412, no Centro de Campinas, é um espaço de acolhimento especializado para mulheres em situação de vulnerabilidade, com foco nas vítimas de violência de gênero.
O equipamento público da Prefeitura de Campinas atende cerca de 500 mulheres por mês, oferecendo apoio integral que inclui proteção, empoderamento e reinserção social. O espaço foi inaugurada em 5 de julho do ano passado.
A Casa atua no combate à violência de gênero, fornecendo suporte psicológico, social e jurídico. A assistência emocional ajuda as mulheres a lidar com traumas, enquanto o atendimento social orienta sobre direitos e acesso a serviços públicos, como moradia e emprego. O apoio jurídico abrange orientações sobre medidas protetivas e o acompanhamento de denúncias.
A Casa da Mulher Campineira também promove a autonomia econômica por meio do programa Mulheres Empreendedoras e do Centro Público de Amparo ao Trabalhador (CPAT), que oferece cursos profissionalizantes, oficinas de empreendedorismo e orientações para o mercado de trabalho.
Essa capacitação não apenas contribui para a independência financeira das mulheres, mas também funciona como uma forma de prevenção, reduzindo a vulnerabilidade econômica que pode aprisionar muitas mulheres em situações de violência.
“A Casa da Mulher Campineira representa um marco na proteção e no empoderamento das mulheres da nossa cidade. Nosso objetivo é oferecer um espaço seguro, onde elas possam reconstruir suas vidas com dignidade e apoio integral”, destaca Vandecleya Moro, secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.
Outro destaque do trabalho realizado em Campinas é o Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo), cujo objetivo é interromper o ciclo da violência, preservar vidas e fortalecer as vítimas. O ciclo da violência, caracterizado pelas fases de tensão, explosão, arrependimento e lua de mel, é combatido com ações preventivas e intervenções estratégicas que visam romper esse processo. “Não estamos apenas acolhendo vítimas de violência; estamos promovendo a autonomia econômica, a saúde mental e a reinserção social dessas mulheres, mostrando que é possível romper o ciclo da violência e começar de novo”, avalia a secretária.
A violência contra a mulher pode assumir formas psicológicas, sexuais, patrimoniais e morais, impactando profundamente suas vidas e aquelas ao seu redor. “A dificuldade de denunciar esses casos é grande, devido ao medo e à manipulação emocional. Por isso, o acompanhamento psicológico e social é indispensável”, alerta Vandecleya.
A atuação da Casa da Mulher Campineira promove a conscientização e campanhas educativas que alertam sobre a violência de gênero e incentivam a denúncia, alinhando-se às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê a eliminação de todas as formas de violência contra mulheres e meninas.











