Entra em operação de maneira formal nesta segunda-feira (28), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Centro de Pesquisa Aplicada (CPA) em Inteligência Artificial BI0S (Brazilian Institute of Data Science), com foco em pesquisas nas áreas de diagnósticos médicos voltados à saúde da mulher, agricultura de precisão e otimização do uso de recursos agrícolas, entre outros.
O objetivo é ainda realizar pesquisas ligadas à ciência dos dados, área que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados, muitas vezes de grandes dimensões. Além disso, deverá criar um repositório de dados voltado especificamente para a saúde usando o histórico médico de pacientes – sistema já batizado de reBI0S.
O Centro foi contemplado em uma seleção promovida pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e terá como sede a Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (Feec) da universidade.
O CPA terá o envolvimento de cerca de cem pesquisadores e conta com um comitê consultivo internacional de 15 membros de diversos continentes, todos especialistas em inteligência artificial ou em áreas correlatas. O sistema vai mobilizar, ainda, nove unidades de ensino e pesquisa e dois centros interdisciplinares da Unicamp, além de outras cinco instituições brasileiras – o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do ABC (UFABC) e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
O pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, João Marcos Travassos Romano, líder do projeto, conta que o Centro foi desenvolvido com base em duas grandes missões que são expandir a fronteira do conhecimento em inteligência artificial e contribuir para a transformação digital. Foram abertas duas trilhas de pesquisa – saúde e agro. “Associada a esses dois campos de aplicação, há uma terceira trilha, ligada ao estudo de algoritmos e das técnicas e bases teóricas do aprendizado de máquina e da inteligência artificial”, explica.
O projeto vai contar com cerca de R$ 10 milhões em recursos a serem disponibilizados em um período de cinco anos. Metade desse montante virá da Fapesp e a outra parte será financiada a partir de parcerias com instituições privadas, como o Hospital Albert Einstein, de São Paulo, a Fundação para Inovações Tecnológicas (FITec) e a Fundação CPQD.
*Com informações da Unicamp