O custo da cesta básica e as variações de preços em Campinas registraram quedas pelo segundo mês consecutivo, de acordo com levantamento realizado pelo Observatório PUC-Campinas. O estudo, coordenado pelo professor Pedro de Miranda Costa, é referente ao mês de março de 2023. Por outro lado, no comparativo com as 17 capitais cujos custos da cesta básica são apurados pelo Dieese, Campinas possui a quinta cesta básica mais cara.
Em março, o valor da cesta em Campinas foi de R$ 719,92. Fica atrás apenas de São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis e Rio de Janeiro, pela ordem. Para efeito de comparação, a cesta mais barata é a de Aracaju, que sai por R$ 546, segundo o Dieese. Em sexto e sétimo lugares, respectivamente, estão Campo Grande (R$ 719) e Vitória (R$ 699).
Em termos absolutos, houve uma diminuição do custo em Campinas de R$ 11,75 em relação ao mês de fevereiro, o que representa uma redução de 1,61%.
Dos 13 itens pesquisados, 10 apresentaram redução nos preços. O maior recuo foi o do preço do pão francês (redução de 5,5%), que retorna ao patamar semelhante ao que tinha em janeiro, após ter experimentado alta de 4,8% em fevereiro. Em seguida vem o do óleo (redução de 5,2%). Em relação aos aumentos, três itens apresentaram altas: o açúcar (alta de 2,3%), a manteiga (alta de 1,8%) e o feijão (1,2%).
Dentre os recuos, destaca-se o do pão francês (variação de –5,5%), que retorna ao patamar semelhante ao que tinha em janeiro, após ter experimentado alta de 4,8% em fevereiro.
“Essa redução indica que, após forte alta durante o ano de 2022, os preços dos alimentos devem apresentar variação inferior à da inflação em 2023”, disse o Pedro de Miranda Costa.
Considerando o valor do salário-mínimo atual (R$1.302,00), o valor da cesta compromete 55,3% do salário-mínimo, e ainda considerando três cestas por família (dois adultos e duas crianças), o salário necessário seria de R$ 2.159,77.