Em jogo marcado por erro crasso de arbitragem e a famosa Lei do Ex, sempre implacável, a Ponte Preta sofreu a sua pior derrota dentro de casa em quase um ano, ao tomar 3 a 0 do Mirassol, na noite desta sexta-feira (22), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 29ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Os gols da partida foram marcados pelo atacante Zé Roberto, duas vezes de pênalti, e pelo meia Camilo, companheiros de Macaca em 2020.
O lance crucial da partida aconteceu com menos de 20 minutos do primeiro tempo e resultou em pênalti mal marcado pelo árbitro carioca Bruno Mota Correia. Ele viu toque no braço do zagueiro Mateus Silva em cruzamento de Chico Kim dentro da área e assinalou pênalti, mas a bola claramente bateu na barriga do defensor pontepretano.
Mesmo após consultar as imagens no monitor à beira do campo, após recomendação de revisão do VAR, o juiz manteve a sua decisão de campo. Na cobrança, aos 22′, o atacante Zé Roberto esperou o goleiro Caíque França pular no canto direito e só rolou à meia altura no lado oposto.

Na etapa final, a história se repetiu com outro pênalti para os visitantes, agora resultante de leve toque no braço do centroavante Jeh após cabeceio de Zé Roberto em lance de escanteio. Nesse caso, no entanto, a arbitragem não enxergou dentro de campo e precisou da ajuda do VAR para apontar a marca da cal. Dessa vez, o árbitro Bruno Mota Correia acatou a sugestão. Para piorar a situação, Jeh tomou o segundo cartão amarelo e foi expulso.
A Ponte Preta não perdia por três ou mais gols dentro do Majestoso desde o dia 28 de setembro do ano passado, quando levou 4 a 1 do Cruzeiro, que terminaria sendo campeão da Série B.
Com inferioridade numérica em campo, a Ponte Preta passou a ser facilmente envolvida pelo adversário e tomou o terceiro gol nos acréscimos, em bobeada de Weverton na saída de bola. Ele perdeu a bola para Fernandinho, que invadiu a área e serviu Camilo. A derrota só não foi maior graças ao goleiro Caíque França.

Com muita dificuldade de criação, a Ponte Preta se restringiu a lances de bola parada. No primeiro tempo, foram duas faltas cobradas pelo meia Souza, a primeira levando perigo e a segunda exigindo defesa do goleiro Muralha. Na etapa final, na maior chance da equipe alvinegra em toda a partida, Paulo Baya carimbou a trave, em outra cobrança de falta, aos 10′.
Com o resultado negativo, passando em branco pela 14ª vez em 29 jogos da Série B, a Ponte Preta chegou ao quarto jogo sem vitória e continua na 15ª colocação, com 33 pontos. O torcedor da Macaca agora seca os concorrentes diretos, especialmente a Chapecoense, que abre a zona de rebaixamento, com 27 pontos. A distância para a degola pode cair de seis para apenas três pontos, ou seja, uma rodada de diferença.
Vitorioso da noite, o Mirassol chegou aos 43 pontos e subiu para a 8ª colocação. A equipe do técnico Mozart Santos ainda sonha com o acesso, embora esteja a cinco pontos do Novorizontino, quarto colocado, que ainda joga na rodada.
Com semana cheia para descanso e treinamento, a Ponte Preta volta a campo para enfrentar o lanterna ABC, fora de casa, no próximo sábado (30), às 18h, no Frasqueirão, em Natal, no Rio Grande do Norte.

FICHA TÉCNICA:
Ponte Preta (0): Caíque França; Maílton (Weverton), Mateus Silva, Thomás Kayck e Artur; Felipinho, Souza (Paulo Baya) e Ramon Carvalho (Felipe Amaral); Tales (Léo Naldi), Jeh e Eliel (André). Técnico: Pintado.
Mirassol (3): Alex Muralha; Lucas Ramon, Rodrigo Sam, Luiz Otávio e Guilherme Biro; Neto Moura, Danielzinho e Gabriel (Julimar); Chico Kim (Camilo), Zé Roberto (Cristian) e Negueba (Fernandinho). Técnico: Mozart Santos.
Gols: Zé Roberto (MIR), de pênalti, aos 22′ do 1º tempo; Zé Roberto (MIR), de pênalti, aos 25′, e Camilo (MIR), aos 48′ do 2º tempo.
Local: Estádio Moisés Lucarelli, Campinas.
Juiz: Bruno Mota Correia (RJ).
Cartões amarelos: Jeh (2x) e Mateus Silva (PON); Zé Roberto (MIR).
Cartão vermelho: Jeh, aos 23′ do 2º tempo.