A Bolívia não para de surpreender! Na última Data FIFA, em setembro, os bolivianos voltaram a vencer como visitante nas Eliminatórias Sul-Americanas após 31 anos, ao bater o Chile por 2 a 1 em Santiago.
Agora, em outubro, conquistaram a terceira vitória consecutiva na competição, algo que também não acontecia desde 1993, derrotando a vice-líder Colômbia por 1 a 0.
O duelo aconteceu na última quinta-feira (10), em El Alto, na região de La Paz, a quatro mil metros de altitude. Os colombianos eram os únicos invictos até então no torneio. No mês passado, também na altitude, a seleção boliviana havia aplicado goleado por 4 a 0 sobre a Venezuela.
Com essa sequência de resultados positivos, a Bolívia entrou na zona de classificação para a Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá. A seleção boliviana soma 12 pontos em nove rodadas e aparece na sexta colocação das Eliminatórias. São seis vagas diretas e uma para repescagem.
A defesa boliviana é capitaneada pelo zagueiro Luis Haquín, da Ponte Preta. O defensor de 26 anos atuou durante os 90 minutos em todos esse três triunfos recentes, mas não vem sendo aproveitado na Macaca, sem nenhuma partida disputada desde a chegada do técnico Nelsinho Baptista, no fim de maio.
Com o zagueiro pontepretano Haquín na retaguarda, a Bolívia saiu de campo sem ser vazada pela Colômbia depois de jogar mais de 70 minutos com um jogador a menos. Além de manter a porteira zerada, a seleção boliviana ainda balançou as redes e saiu de campo vitoriosa, com um golaço de fora da área do jovem meia-atacante Miguelito, de 20 anos, que defende o Santos, mas enfrenta o mesmo problema de Haquín. O promissor atleta não é relacionado pelo técnico Fábio Carille nos jogos da Série B e atua pela equipe sub-20 do Peixe.
Trata-se de uma grande campanha de reação da Bolívia, que começou as Eliminatórias com quatro derrotas consecutivas, estava na lanterna da competição e ainda fez a pior campanha da última Copa América, com três derrotas, nenhum ponto conquistado, 10 gols sofridos e apenas um marcado em três jogos na primeira fase.
O péssimo desempenho custou a demissão do técnico brasileiro Antônio Carlos Zago e resultou na chegada do treinador local Óscar Villegas, que até agora está invicto e com 100% de aproveitamento à frente da seleção nacional.
Haquín não joga há mais de quatro meses na Ponte
Desde que retornou da disputa da Copa América, competição em que defendeu a seleção boliviana como titular e capitão, entre junho e julho deste ano, o zagueiro Luis Haquín ainda não foi utilizado nem sequer relacionado pelo técnico pontepretano Nelsinho Baptista.
Questionado sobre a ausência do defensor de 26 anos até mesmo no banco de reservas nas partidas da equipe alvinegra, o experiente treinador de 74 anos justificou como uma escolha 100% técnica, em entrevista concedida em agosto: “Eu não estou relacionando o Haquín porque tem jogadores melhores do que ele e também em melhores condições. Eu procuro sempre levar os melhores, aqueles que eu acho que vão produzir mais para o time dentro de campo, por isso que ele não está indo”.
A última vez que Luis Haquín entrou em campo com a camisa da Ponte Preta foi na derrota por 2 a 0 para o Ituano, no dia 26 de maio, portanto há mais de 100 dias, no estádio Novelli Júnior, em Itu. O resultado negativo diante do então lanterna da Série B provocou o pedido de demissão do técnico João Brigatti. Desta forma, Haquín ainda não disputou nenhuma partida sob o comando de Nelsinho Baptista, que assumiu o cargo na virada de maio para junho.
Contratado junto ao Deportivo Cali, da Colômbia, com indicação do técnico campineiro Thiago Leitão, ex-jogador da Ponte Preta, que trabalha há vários anos no futebol boliviano, Luis Haquín desembarcou no estádio Moisés Lucarelli no início deste ano, como um dos reforços da equipe para a temporada de 2024.
Entre janeiro e maio, o defensor disputou 12 jogos com a camisa da Macaca: seis pelo Campeonato Paulista e outros seis pela Série B, sendo escalado em todos como titular pelo ex-técnico João Brigatti.
O período de mais de um mês com a seleção boliviana devido à Copa América, na primeira vez que desfalcou o time alvinegro por motivo de compromissos com sua seleção nacional, coincidiu justamente com a chegada e as primeiras semanas de trabalho de Nelsinho Baptista, portanto o zagueiro já largou atrás da concorrência nesse quesito.
Com a camisa da Bolívia, Luis Haquín já disputou três edições de Copa América e também participou das últimas duas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Agora, vem acumulando convocações e sendo um pilar importante na qualificatória para o Mundial de 2026.
Desde 2017, quando estreou na seleção principal com apenas 19 anos, Luís Haquín já disputou 39 jogos pela Bolívia, tendo marcado um gol na vitória por 3 a 0 sobre Myanmar, em amistoso disputado em 2018, na Ásia.