Após estrear com vitória apertada por 1 a 0 sobre a Nigéria e depois sofrer derrota por 2 a 1 para o Japão, com dois gols sofridos nos acréscimos do segundo tempo, a Seleção Brasileira de Futebol Feminino volta a campo em busca da classificação para o mata-mata dos Jogos de Paris-2024.
A equipe comandada pelo técnico Arthur Elias, e liderada dentro de campo pela veterana craque Marta, encara a Espanha na tarde desta quarta-feira (31), às 12h (horário de Brasília), no estádio Matmut-Atlantique, em Bordeaux, pela última rodada da fase de grupos.

Embora esteja na terceira colocação do Grupo C, com três pontos, as brasileiras precisam apenas de um empate para garantir vaga nas quartas de final, já que as duas melhores terceiras colocadas avançam, junto com as duas primeiras de cada chave. A classificação do Brasil pode vir até mesmo com derrota, dependendo de outros resultados.
Das 18 jogadoras brasileiras que estão disputando a competição olímpica, três possuem história no futebol campineiro. São elas a zagueira campineira Thais Ferreira, de 28 anos, a lateral-direita Antônia Silva, de 30, e a jovem atacante Kerolin, de 24.
Recentemente anunciada como nova jogadora do Real Madrid, a lateral-direita Antônia Silva atuou como titular nos dois jogos da Seleção Brasileira no torneio olímpico de futebol feminino, diante de Nigéria e Japão.
Dando os primeiros passos na carreira profissional, as três atletas foram companheiras de Ponte Preta em 2017, quando o clube alvinegro lançou time feminino, em parceria com a Prefeitura de Valinhos, para a disputa do Campeonato Brasileiro. Em 2017 e 2018, a Macaca foi comandada pela experiente treinadora Ana Lúcia Gonçalves, que também foi jogadora da equipe alvinegra.

O futebol feminino da Ponte Preta disputou quatro edições consecutivas da principal competição nacional da categoria, realizada desde 2013, mas amargou rebaixamento em 2020 e encerrou suas atividades em 2021, sem perspectiva de retorno até hoje.
Jogadora do Tenerife, da Espanha, a zagueira campineira Thais Ferreira começou a competição olímpica no banco de reservas, mas foi escalada como titular no último duelo contra o Japão. Já a atacante Kerolin, que defende o North Carolina Courage, dos Estados Unidos, entrou nos minutos finais dos dois jogos do Brasil nas Olimpíadas.
Antes de defenderem as cores da Ponte Preta, Thaís Ferreira e Kerolin também vestiram o uniforme do maior rival Guarani, onde foram companheiras em 2016, nas categorias de base. Na época, Thaís tinha 19 anos, e Kerolin, apenas 16.
Com tradição na categoria, obtendo sucesso entre os anos 90 e 2000, o Bugre ainda mantém divisões de base no futebol feminino, em parceria com a Prefeitura de Vinhedo.