O Guarani deu mais um passo para a sua transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Depois de aprovarem por unanimidade, em maio, o caminho para a mudança do modelo de gestão dentro do novo estatuto social, os sócios estão agora autorizados a decidirem pela sua implementação. A licença foi atribuída pelo Conselho Deliberativo (CD) em Assembleia Extraordinária realizada na noite de segunda-feira (27), na qual o parecer foi favorável para a constituição da SAF.
A Assembleia Geral dos Sócios agora irá definir sobre a efetivação da transformação do Guarani em SAF. A reunião ainda não tem data definida. O modelo de clube-empresa dificilmente não será aprovado e, com o carimbo oficial dos sócios, o clube passará a avaliar propostas de possíveis investidores. Nesse ponto, o Guarani já terá à frente os novos integrantes do Conselho de Administração (CA) e do CD, já que o processo eleitoral está marcado para dezembro.
Nos bastidores, Roberto Graziano é citado como um nome em potencial para assumir o controle da futura SAF.
Proprietário do Grupo Magnum que arrematou o Brinco de Ouro, Graziano é parceiro de um acordo judicial que prevê a construção de uma arena e um CT para o Guarani. O presidente do CA, Rômulo Amaro, que conduziu a reforma do estatuto e já declarou sua intenção em tentar a reeleição, cita o bom relacionamento da direção com Graziano.
“É uma relação saudável”, definiu. “Ele sempre nos recebeu muito bem para dar explicações sobre o processo da Arena, nunca atrasou as parcelas do acordo judicial.” Presidente do CD, Marcelo Dias afirma que Graziano não chegou a fazer proposta, mas admite que há diálogos nesse sentido.
“Ao que sei, existem conversas sobre premissas que o clube estabelece como fundamentais e outras que ele coloca como necessárias para se tornar um interessado real”, disse. Dias acrescenta ainda que o contexto torna o empresário parte integrante de outras propostas que o clube teria recebido. “Sei que houve busca por outros interessados, mas todos eles exigem o envolvimento do Roberto na negociação, em virtude do acordo envolvendo o imobiliário”, justificou.
A chapa “União Guarani”, que sinaliza participação no pleito, também trabalha com a projeção da SAF. O empresário Wilson Matos, que está à frente da chapa, aponta grupos de empresários de Campinas como possíveis lideranças do futuro clube-empresa. A chapa “Meu Bugre Forte” também já anunciou que concorrerá nas eleições.

 
			 
					






















