O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), formado pelos dirigentes da Unicamp, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), se reuniu pela segunda vez com representantes do Fórum das Seis, um organismo do qual participam representantes de entidades sindicais e estudantis das três universidades, e manteve a proposta de reajuste de 5,51% para os salários dos servidores docentes e técnico-administrativos das três instituições.
O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) organizou nesta segunda e terça-feira (26 e 27) uma paralisação em frente à Reitoria, em protesto ao reajuste de 5,51% propost. Esse índice contempla as categorias de docentes e servidores técnico-administrativos da USP, Unesp e Unicamp.
Os servidores da Unicamp pedem 17,5% de reajuste. O sindicato justifica que o percentual estipulado pelo Cruesp não repõe sequer as perdas inflacionárias acumuladas desde 2012, estimadas em mais de 20 salários ao longo do período. Se as reivindicações não forem atendidas, a STU não descarta uma greve.
Conselho
De acordo com o presidente do conselho, o reitor da Unicamp, Paulo Cesar Montagner, o índice acima da inflação preserva o poder aquisitivo dos salários sem comprometer o equilíbrio orçamentário e financeiro das universidades.
“O Cruesp e seu grupo de técnicos vêm se reunindo já há algum tempo e, mais do que com qualquer situação, temos a preocupação com preservar o poder de compra do salário”, disse Montagner ao final da reunião, realizada na sala do Conselho Universitário (Consu) da Unicamp.
“Nos últimos quatro anos, oferecemos aumentos sempre acima da inflação, o que nos garante, minimamente, condições para dizer que os nossos salários continuam competitivos”, acrescentou.
A USP e a Unicamp, conforme exigência de suas normativas internas, deverão submeter o índice de reajuste de 5,51% à aprovação de seus respectivos órgãos deliberativos.
Para o presidente do Cruesp, o cenário atual não permite reajustes maiores.
“O problema é que o cenário este ano está diferente de anos anteriores. Nós estamos hoje sob certa insegurança econômica e é prudente, como nos alertam os nossos técnicos, buscarmos a preservação do salário, dentro do IPC-Fipe [Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas], o indicador histórico com que o Cruesp trabalha junto ao Fórum das Seis”, explicou.











