Nesta época do ano, devido ao calor e ao elevado índice de chuvas, aumenta o número de casos de dengue em quase todo o país. No interior do estado de São Paulo já foram registrados mais de 2 mil casos e uma morte pelo vírus. Em Campinas, a incidência de dengue é baixa: foram 25 casos até o último dia 8. Quando a dengue se se soma a alta de infecções pela variante Ômicron, o diagnóstico pode ficar confuso. Isso porque os sintomas iniciais da dengue, e de outras arboviroses como chikungunya e zika, podem se confundir com os sinais que levantam suspeitas de Covid 19.
Segundo levantamento dos laboratórios DMS Burnier, o número de exames para detecção de dengue cresceu quase 161% na comparação entre janeiro de 2020, quando foram realizados 41 testes, e janeiro de 2022, com 107 exames. Para fevereiro a tendência de alta é mantida. Até o último dia 16, foram 59 exames, enquanto em todo o mês de fevereiro de 2021 o total chegou a 77. Os números envolvem as unidades das cidades de Campinas, Valinhos, Vinhedo, Paulínia, Sumaré, Hortolândia e Monte Mor.
Ainda que as arboviroses sejam doenças bastante diferentes do coronavírus, podem se manifestar de maneira muito semelhante. Febre alta, dor de cabeça e no corpo são alguns dos sintomas que levantam a luz vermelha para a covid, mas que podem estar indicando um outro diagnóstico.
O biomédico e coordenador de microbiologia e biossegurança dos laboratórios DMS Burnier, Alexandre Veronez, comenta que além dos sintomas semelhantes, ainda há a variação na forma de manifestação destes vírus de pessoa para pessoa e, também, a depender da variante em questão.
Contudo, Veronez explica que, de modo geral, sintomas respiratórios são menos comuns na dengue e podem ajudar a nortear as suspeitas. “Tem gente que está com Covid achando que está com gripe, tem gente com dengue achando que está com Covid; por isso, o ideal é se consultar com um médico de confiança e fazer os exames, somente assim é possível chegar a um diagnóstico exato”, aconselha.