Campinas chegou a um total de 84 mortes por dengue em 2024. Os dados foram atualizados nesta segunda-feira (25) pela Secretaria de Saúde, depois da confirmação de cinco novos óbitos. São ainda 120.593 casos registrados pela Pasta, que alerta para a maior epidemia de dengue da história da cidade neste ano.
As cinco novas mortes por dengue confirmados foram:
- Sexo masculino, 82 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do Centro de Saúde (CS) Aeroporto. Ele teve início dos sintomas em 20 de maio e o óbito ocorreu em 6 de junho.
- Sexo feminino, 60 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS São Domingos. Ela teve início dos sintomas em 22 de abril e o óbito ocorreu no dia 26 do mesmo mês.
- Sexo masculino, 72 anos, com comorbidades. Atendido na rede privada e morador da área de abrangência do CS Figueira. Ele teve início dos sintomas em 23 de junho e o óbito ocorreu no dia 29 do mesmo mês.
- Sexo masculino, 52 anos, com comorbidades. Atendido na rede privada e morador da área de abrangência do CS São Bernardo. Ele teve início dos sintomas em 13 de maio e o óbito ocorreu no dia 19 do mesmo mês.
- Sexo masculino, 71 anos, com comorbidades. Atendido na rede privada e morador da área de abrangência do CS Centro. Ele teve início dos sintomas em 23 de maio e o óbito ocorreu em 12 de junho.
A Secretaria de Saúde divulgou que um registro divulgado no dia 6 de agosto foi excluído da lista após a revisão da declaração de óbito indicar que uma mulher de 85 anos, atendida na rede privada de Campinas, residia em outra cidade da região, onde foi infectada.
Medidas de combate
Em 21 de novembro, a prefeitura anunciou novas estratégias para enfrentamento à doença entre o fim de 2024 e início do próximo ano. Entre os destaques estão:
- capacitação de lideranças de bairros;
- uso de imagens de satélite da PF;
- uso de IA para aumentar a cobertura vacinal;
- uso de IA para reduzir o percentual de imóveis sem acesso durante ações contra dengue;
- campanha educativa em canais de comunicação;
- reunião com as comunidades religiosas;
- parceria com a CPFL para identificar casas com criadouros e mensagens educativas em contas;
- colocação de aviso nas residências em que as equipes não conseguem entrar.
Ações de 2024 em números – até 8/11 -, segundo a prefeitura:
- controle de criadouros: 1.476.622 visitas a imóveis;
- nebulização costal: 209.252 visitas a imóveis;
- nebulização veicular: cobertura de 33.164 imóveis;
- chatbot dengue (até 12/11): 47.885 pacientes foram acompanhados e 16.095 reencaminhados aos serviços de saúde para novas orientações;
- 250 escolas trabalham o tema e pelo menos 63 mil crianças e famílias foram impactadas;
- 94 mil toneladas de resíduos retirados em ações;
- 250 servidores brigadistas;
- 300 servidores capacitados;
- 12 ações de fiscalização integrada;
- 4,5 mil imóveis notificados;
- 108 mil atendimentos na atenção primária de saúde.
Mutirão:
A Secretaria de Saúde informou que visitou 5,1 mil imóveis no 21º mutirão contra a dengue neste ano. A ação ocorreu na manhã de sábado (23), quando foram visitados comércios e residências em oito bairros: Parque Oziel, Gleba B, Jardim Monte Cristo, Jardim do Lago 2, Jardim Santa Cruz, Jardim Bandeiras 1 e 2, e Jardim São José.
Segundo a pasta, o trabalho reuniu 200 pessoas, incluindo agentes de saúde, voluntários e funcionários da empresa terceirizada Impacto Controle de Pragas. “Desde janeiro, esse tipo de ação já havia sido feita em 90 mil imóveis em 140 bairros para remover criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, e orientar os moradores sobre a prevenção à doença”, diz a secretaria.
Ao todo, 47,1% dos imóveis estavam inacessíveis por estarem fechados, desocupados ou em virtude do impedimento de moradores. No período entre 19 e 23 de setembro, funcionários da Secretaria de Serviços Públicos retiraram 14,2 mil toneladas de resíduos e limparam 36 bocas de lobo na área do mutirão.
Especialistas alertam que a melhor forma de combater a dengue é eliminar acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados ralos e vasos sanitários inutilizados.











