No Brasil, os desafios enfrentados por pessoas trans no mercado de trabalho ainda são expressivos. Dados do Datafolha indicam que 15,5 milhões de brasileiros pertencem à comunidade LGBTQIAPN+, representando cerca de 7% da população. No entanto, um levantamento realizado em quase 300 empresas, abrangendo 1,5 milhão de trabalhadores, revelou que apenas 4,5% dos postos de trabalho são ocupados pela comunidade LGBTQIAPN+.
Para contribuir com a transformação dessa realidade, atualmente 16,7% dos colaboradores das Pernambucanas fazem parte do público LGBTQIAPN+, sendo que 2,5% (cerca de 300 pessoas), se autodeclaram pessoas trans ou não binários.
Os dados são do Censo de Diversidade – pesquisa interna realizada pela Pernambucanas, de forma anônima, com o objetivo de entender o perfil do time e acelerar, cada vez mais, o desenvolvimento e a carreira desse público.
De acordo com o levantamento, 100% dos colaboradores trans da varejista disseram que se sentem seguros para ser quem são dentro da empresa. Além disso, 90% do público LGBTQIAPN+ mencionaram se sentirem confortáveis para serem quem são dentro da empresa e 91% desse mesmo grupo destacaram que consideram a empresa livre de discriminação.
Compromisso contínuo
A companhia tem buscado adotar iniciativas que fortaleçam o impacto positivo para o planeta, para as pessoas e para o negócio. Para isso, possui um Comitê Estratégico de Sustentabilidade que conta com a participação de membros da diretoria e do Conselho de Administração, cujo objetivo é viabilizar as oportunidades de avanço em iniciativas que envolvem diversidade, inclusão, equidade e pertencimento e dar celeridade às decisões.
Além disso, a empresa conta com o Grupo de Afinidade “Sim, Eu Sou”, composto por colaboradores de diversas áreas, que tem a missão de debater o tema e propor melhorias à comunidade LGBTQIAPN+ dentro e fora da Pernambucanas.
“A equidade, diversidade e inclusão nas empresas é uma importante ferramenta de transformação em nossa sociedade, mas não basta obter representatividade dentro dos muros da organização. Acredito que o primeiro passo é compreender as necessidades dos grupos minorizados, praticar efetivamente a inclusão e implantar iniciativas que ultrapassem os muros. Isso é o que temos buscado fazer por aqui”, destaca Nivaldo Tomasio, Gerente de Visual Merchandising da Pernambucanas e Líder do Grupo de Afinidade “Sim eu Sou”.
Para contribuir com a conscientização sobre a importância do respeito às diferentes identidades sexuais, de gênero e orientações afetivas, a varejista promove, constantemente, rodas de conversa, lives e ações educativas aos colaboradores.
Em 2024, por exemplo, convidou pessoas trans, referências em suas áreas de atuação, para dividirem histórias, os desafios sobre o mercado de trabalho e inspirar a todos sobre a adoção de práticas mais inclusivas.
Na operação, mais de 100 lojas da marca já possuem banheiros unissex como forma de democratizar, cada vez mais, o respeito entre as pessoas.
Outra importante iniciativa é possibilitar que o colaborador utilize o pronome e o nome social no crachá, na rede social interna e em outros ambientes administrativos, independentemente de possuir o documento oficial atualizado.
“Moro há 3 meses em um centro de acolhimento a pessoas trans. Minha vida não é fácil, mas quando estou aqui é como se eu esquecesse das dificuldades. Hoje eu me sinto acolhida trabalhando na empresa. Meus líderes observam meu trabalho, não o meu gênero, e isso faz muita diferença”, conta a colaboradora da loja da Consolação, Ramona Vitória Ferraz Zanetti.











