Você já parou para pensar em como sua visão do mundo pode ser a chave para abrir novas portas – ou o motivo de tantas permanecerem trancadas? No fundo, todos nós carregamos um mapa mental, uma espécie de GPS interno que nos orienta sobre o que é certo ou errado, fácil ou difícil, possível ou impossível. Esse “mapa” não é algo que escolhemos conscientemente, mas que foi sendo desenhado ao longo da vida, com base nas experiências que tivemos, nos valores que absorvemos e até mesmo nos exemplos que vimos ao nosso redor.
Imagine que você tem uma ideia genial para resolver um problema no trabalho. Você apresenta com empolgação, mas a reação do seu chefe ou colega não é a esperada. A frustração bate e você pensa: “Por que eles não entenderam a importância disso?”.
O motivo, muitas vezes, está nos mapas mentais que são diferentes entre as pessoas. Assim como um turista pode se perder em uma cidade sem um bom mapa, nossas ideias e ações podem parecer confusas para quem navega com coordenadas diferentes.
Mas, afinal, o que é um mapa mental? Pense no conceito de um mapa real. Quando você quer dirigir de Campinas ao Rio de Janeiro, o mapa te dá as estradas, pedágios e até desvios para chegar lá. Agora, transfira isso para a vida: seu mapa mental é formado pelas crenças, valores e estratégias que você usa para alcançar seus objetivos. Ele determina como você enxerga o mundo, define o que você considera importante e até como você reage a desafios. A questão é que, muitas vezes, a maior parte desse mapa está “debaixo da superfície”, como um iceberg. Você só percebe a pontinha – aquilo que sabe que sabe – enquanto os 90% escondidos no inconsciente te guiam sem que você perceba.
O mais curioso é como esse mapa é desenhado. Desde que você nasceu, tudo que ouviu, viu e sentiu deixou marcas.
Por exemplo, se você cresceu em um lar onde os pais empreendiam, pode ter registrado no seu mapa que ter o próprio negócio é o caminho natural. Já alguém que viu os pais trabalhando como funcionários de empresas pode enxergar estabilidade e sucesso em seguir essa trajetória. Não existe um certo ou errado aqui, mas sim a influência direta do mapa mental na forma como encaramos nossos desejos e decisões.
E como ajustar o mapa quando ele parece desatualizado ou limita seus sonhos? O primeiro passo é reconhecer que, assim como um iceberg, a maior parte das respostas está escondida. É preciso mergulhar fundo, explorar suas crenças e questionar o que, dentro de você, pode estar sabotando ou ajudando.
Redesenhar seu mapa não é simples, mas é libertador. Afinal, quando você entende como navega pelo mundo, tem o poder de traçar rotas mais seguras e promissoras. E então, por onde você vai começar?
Cecília Lima é fonoaudióloga, especialista em Oratória e Comunicação para Líderes. Há 20 anos, dedica-se a guiar líderes a colocarem suas ideias com confiança, clareza e assertividade, conquistando a influência que precisam para crescerem na carreira e na vida. Conheça:@cecilialimaoratoria