Uma equipe de operação de drones de Campinas será enviada pela Prefeitura de Campinas para Canoas, no Rio Grande do Sul, para ajudar na identificação do dimensionamento do desastre. São dois agentes da Defesa Civil, sendo um operador de drone e outro profissional de apoio e um operador de drone da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec). Os servidores viajam neste sábado (11) pela manhã.
Na ação, Campinas representará a força-tarefa do governo do Estado de São Paulo. Inicialmente, a equipe ficará por oito dias em Canoas. A possibilidade de continuidade da operação com revezamento será avaliada. Na ação, a Defesa Civil e a Emdec se uniram para levar auxílio aos moradores de Canoas.
“Ficamos muito felizes de poder contribuir com os trabalhos de localização e salvamento de vítimas da terrível inundação que afeta o estado do Rio Grande do Sul. Esperamos que o equipamento, adquirido em dezembro de 2023 pela Emdec, possa ajudar a acelerar as ações das forças reunidas no estado em solidariedade ao povo gaúcho”, disse o presidente da Emdec, Vinicius Riverete.
Participam da missão humanitária os agentes Gabriel Botelho Assis Benatti e Tânio Rodrigues Alves, da Defesa Civil, e o técnico em Mobilidade Urbana da Emdec, Marcelo Tortorelli. Gabriel e Marcelo são operadores de drone e Tânio é agente da Defesa Civil que já atuou em outras missões humanitárias.
Dispositivo
O dispositivo empregado na ação será o DJIM30T, o “super drone” da Emdec. O equipamento foi assim apelidado devido à sua ampla capacidade de geração de imagens, incluindo a possibilidade de voos em dias chuvosos ou com ventos de até 80 km/h. O modelo (DJI M30T) possui duas câmeras, sensores para evitar obstáculos, entre outras funcionalidades, e foi adquirido pela Emdec recentemente, em dezembro de 2023.
“Nossa equipe poderá ajudar muito no dimensionamento e identificação da extensão dos estragos, principalmente neste momento em que a água está baixando. A resolução da imagem do super drone é muito boa e poderá ajudar a identificar questões como o nível de destruição, sendo um instrumento para planejar ações de assistência humanitária”, afirmou o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado.
Os servidores são especializados e têm experiência com a operação de drone, que deve seguir regras específicas no que concerne ao espaço aéreo e à segurança das pessoas. Os trabalhos serão coordenados com a Defesa Civil de Canoas, que solicitou o apoio, além das forças armadas.
Compromisso com a missão humanitária
Canoas é um dos municípios mais atingidos pelas enchentes que causaram estragos na maior parte do estado. Na cidade, mais de 180 mil pessoas foram afetadas pelo desastre, praticamente metade da cidade foi atingida.
Furtado destacou que, como cidade resiliente, Campinas tem o compromisso de auxiliar outros municípios em situações de desastres. Em 2023, equipes da cidade também apoiaram o Litoral Norte de São Paulo que passou por enchentes e deslizamentos.
Até hoje, mais de 200 profissionais de diversas cidades paulistas foram capacitados para direção de aeronaves remotamente pilotadas (RPAS, drones) por meio de parceria entre a Defesa Civil, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de SP (IFSP) – Campus Avançado de Rio Claro e apoio da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp) e da Escola de Desenvolvimento do Servidor (EGDS).
Em Campinas, os drones são utilizados nas Operações Chuvas de Verão e Estiagem, na identificação de possíveis criadouros do mosquito da dengue, além de outras ações relacionadas a riscos de desastres.