Depois de dois anos sem as celebrações por causa da pandemia de Covid-19, a Secretaria de Cultura e Turismo de Campinas anuncia a realização da Festa do Boi Falô nesta Sexta-Feira Santa (15), como é tradicional. A festa teve início às 10h, na Praça do Coco no Distrito de Barão Geraldo.
Será a 26ª edição do evento, que ocorre presencialmente. Haverá apresentações culturais e praça de alimentação. A Secretaria realiza o evento em parceria com a Subprefeitura de Barão Geraldo e com o Centro Cultural Casarão

“A Festa do Boi Falô envolve muita gente do distrito para sua realização, entre escolas, artistas, moradores mais velhos e aqueles que estão há pouco tempo por aqui. A gente vê que é muito forte a vontade de manter viva essa lenda genuinamente campineira. É uma lenda que fala do respeito ao descanso e ao dia santo, que nasceu de uma história de um homem que marcou o seu tempo e se mantém na memória e no imaginário do povo até hoje”, disse o diretor de Cultura, Gabriel Rapassi.
A festa é considerada a maior celebração popular do Distrito de Barão Geraldo. A lei nº 8907 torna oficial a Festa do Boi Falô, que passa a integrar o Calendário Oficial do Município de Campinas.
A decoração da festa é realizada pelo grupo EntreFios e Memórias do Coletivo Casarão.
Por se tratar de uma lenda, há várias versões do Boi Falô e são contadas de diferentes maneiras.
Moradores de Barão Geraldo, da Comissão Pró-Memória de Barão Geraldo, têm uma versão que não contém a figura do Toninho nem a do Barão Geraldo de Rezende. Segundo esses moradores do distrito, o episódio ocorreu no Capão do Boi, que era um pequeno bosque na entrada de Barão Geraldo, que foi derrubado para a construção, por volta de 1974, da Avenida Romeu Tórtima, no passado, conhecida como Avenida 1.
Segundo eles, a versão da lenda tradicional é a seguinte: Numa sexta-feira da Paixão, um capataz da fazenda Santa Genebra pediu a um caboclo, escravizado ou empregado (cada um fala de um jeito) que fosse buscar uns bois que ficaram deitados no Capão do Boi. O escravizado ou empregado foi até o Capão do Boi (em uma versão era um adolescente que levou o cachorro junto) com uma vara e lá chegando começou a tocar os bois. Com a insistência um dos bois falou “Hoje não é dia de trabalhar! Hoje é dia de Nosso Sinhô Jesus Cristo!”.














