Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) vão disputar o segundo turno pelo governo de São Paulo. É um resultado histórico, porque a disputa acaba com uma hegemonia de 28 anos do PSDB no estado. O partido ganhou todas as eleições de 1994 até 2018. O atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) ficou em terceiro lugar e está fora da disputa.
Contrariando as pesquisas eleitorais, o candidato apoiado pelo presidente Bolsonaro terminou na frente no primeiro turno, com 42,32% dos votos, deixando Haddad, que liderou durante a corrida eleitoral, em segundo lugar, com 35,70%. Em entrevista coletiva, Tarcísio afirmou que conversará com os prefeitos do estado para formar uma forte base e vencer a corrida para o governo paulista.
“Vamos sentar e conversar bastante. Vamos buscar os prefeitos e garantir que nenhum projeto será descontinuado. Vamos abrir essa conversa com os prefeitos, porque ninguém governa São Paulo sem os prefeitos. São com eles que vamos iniciar essa conversa. Vamos conversar com os partidos para formar as alianças”, revelou o ex-ministro da Infraestrutura.
Fernando Haddad disse que pretende conversar com a equipe de Rodrigo Garcia, que terminou em terceiro lugar, em busca demais apoio.
“Eu aqui em São Paulo, tenho todo interesse em dialogar com as forças que sustentaram a candidatura do Rodrigo Garcia e que podem se sentar a mesa e discutir o que nos une, aquilo que nos aproxima e realizar uma bela campanha no segundo turno, propositiva, dialogando com as necessidades do povo paulista”, confirmou.
Alguns estados brasileiros elegeram seus governadores logo no primeiro turno, enquanto outros também definiram a disputa do segundo turno das eleições. O candidato Cláudio Castro (PL) venceu a disputa ao governo do Rio de Janeiro, com 58,24% dos votos válidos. Marcelo Freixo (PSB) ficou em segundo lugar, com 27,66% dos votos válidos.
Romeu Zema (Novo), atual governador, venceu a disputa ao governo de Minas Gerais com 56,73% dos votos válidos. Alexandre Kalil (PSD) ficou em segundo lugar, com 34,53% dos votos válidos.
Wanderlei Barbosa (Republicanos) venceu a disputa ao governo do Tocantins. Ronaldo Dimas (PL) ficou em segundo lugar. Hélder Barbalho venceu a disputa no 1º turno do Pará.
O candidato Ratinho Junior (PSD) foi reeleito para o governo do Paraná. Roberto Requião (PT) ficou em segundo lugar.
Ronaldo Caiado (União) venceu a disputa ao governo de Goiás com 51,67% dos votos válidos. Gustavo Mendanha (Patriota) ficou em segundo lugar, com 25,3% dos votos válidos.
Antonio Denarium (PP) foi reeleito para o governo de Roraima. Denarium tem 58 anos e antes de tomar posse como governador em 2019, foi interventor federal em dezembro de 2018, quando a então governadora Suely Campos foi afastada do cargo.
Ibaneis Rocha (MDB) venceu a disputa ao governo do Distrito Federal com 50,27% dos votos válidos. Leandro Grass (PV) ficou em segundo lugar, com 26,27% dos votos válidos.
Rafael Fonteles (PT) venceu a disputa pelo governo do Piauí com 56,55% da preferência dos eleitores. Em segundo lugar, com 42,17% dos votos válidos, ficou Silvio Mendes (União Brasil).
Gladson Cameli (PP) foi reeleito para o governo do Acre. Jorge Viana (PT) ficou em segundo lugar.
Mauro Mendes (União) ganhou a disputa ao governo de Mato Grosso, com 68,51% dos votos. Marcia Pinheiro (PV) ficou em segundo lugar.
Wilson Lima (União) e Amazonino Mendes (Cidadania) vão disputar o segundo turno das eleições para governador do Amazonas.
Os candidatos Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB) vão disputar o segundo turno das eleições para governador de Mato Grosso do Sul. Capitão Contar está com 26,94% dos votos válidos, enquanto Eduardo Riedel está com 24,97%.